Saque EXTRA de dinheiro esquecido paga até R$ 3 milhões por beneficiário

Uma descoberta surpreendente foi revelada pelo Banco Central (BC) na última segunda-feira, 28. Um único indivíduo conseguiu resgatar a impressionante quantia de R$ 2,8 milhões em dinheiro esquecido nos bancos pelo Sistema de Valores a Receber (SVR).

Saque EXTRA de dinheiro esquecido paga até R$ 3 milhões por beneficiário
Saque EXTRA de dinheiro esquecido paga até R$ 3 milhões por beneficiário. (Imagem: FDR)

A descoberta sobre o saque expressivo de dinheiro esquecido foi feita pelo chefe do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central, Carlos Eduardo Rodrigues da Cunha Gomes.

Esse saque estabelece um novo recorde, sendo o maior valor já retirado por uma pessoa diretamente do sistema, excluindo devoluções obtidas por meio de contato direto com as instituições financeiras. 

No caso de pessoas jurídicas, o recorde permanece ligeiramente superior, com R$ 3,3 milhões recuperados. De acordo com estimativas do Banco Central, ainda existem mais de R$ 7 bilhões em dinheiro esquecido disponíveis para resgate por meio desse sistema. 

É surpreendente pensar que uma vasta quantidade de brasileiros, incluindo cerca de 36,5 milhões de pessoas físicas e 2,8 milhões de pessoas jurídicas, possuem dinheiro esquecido em instituições financeiras. É importante que as pessoas estejam cientes dessa possibilidade e busquem recuperar o recurso que lhes pertence.

Qual é a origem do dinheiro esquecido?

O dinheiro esquecido pode estar à espera de muitos brasileiros, graças ao Sistema de Valores a Receber. Essa plataforma permite que tanto pessoas físicas quanto jurídicas consultem uma variedade de valores, incluindo:

  • Saldos disponíveis de contas corrente ou poupança encerradas;
  • Tarifas indevidamente cobradas;
  • Cobranças inadequadas de parcelas ou obrigações de operações de crédito;
  • Sobras líquidas e cotas de capital de cooperativas de crédito;
  • Recursos não resgatados de grupos de consórcio encerrados;
  • Saldos disponíveis de contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas.

Essa ferramenta busca facilitar a identificação e recuperação de recursos financeiros negligenciados, trazendo uma oportunidade valiosa para milhões de pessoas no Brasil.

Como resgatar o dinheiro esquecido?

  • Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Caso tenha esquecido que dia era esse, é possível voltar ao sistema na repescagem;
  • Faça login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro);
  • O resgate é autorizado para quem tem conta acima do nível bronze. Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer logo o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br;
  • O BC aconselha o correntista a não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate;
  • Leia e aceite o termo de responsabilidade;
  • Verifique o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso;
  • Clique na opção indicada pelo sistema: “Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix, em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais, e guardar o número de protocolo caso precise entrar em contato com a instituição;
  • Ou clique em “Solicitar via instituição”: voltado para usuários que não têm Pix. Neste caso, será preciso entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada;
  • Canais de atendimento da instituição vão aparecer na tela de informações dos valores a receber;
  • O cidadão vai ter que esperar em uma fila virtual se tiver muita gente querendo entrar no sistema ao mesmo tempo. O BC diz que o sistema vai informar o número de usuários na sua frente e a estimativa de tempo de espera.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.