Dinheiro esquecido: R$ 7,2 bilhões ainda podem ser resgatados; saiba como fazer

Ao que parece o dinheiro esquecido realmente saiu das graças da população brasileira. O Banco Central do Brasil (BCB) reúne um montante de R$ 7,2 bilhões no Sistema Valores a Receber (SRV). O saldo ainda pode ser resgatado por milhares de cidadãos.

Dinheiro esquecido: R$ 7,2 bilhões ainda podem ser resgatados; saiba como fazer
Dinheiro esquecido: R$ 7,2 bilhões ainda podem ser resgatados; saiba como fazer. (Imagem: FDR)

Milhões de brasileiros podem estar prestes a receber dinheiro esquecido, com um total impressionante de R$ 4,4 bilhões já devolvidos pelo sistema do Banco Central. A maior parcela desse montante provém de bancos, beneficiando tanto pessoas físicas quanto empresas.

Até junho, cerca de 14,5 milhões de indivíduos e 571,8 mil empresas foram contemplados com essa recuperação financeira. A surpresa é que mais da metade desses indivíduos têm valores a receber que não ultrapassam R$ 10.

Essa proporção de dinheiro esquecido nos cofres das instituições financeiras abrange um amplo espectro de pessoas: 37,1 milhões de indivíduos e 2,8 milhões de empresas. Os números são reveladores:

  • Até R$ 10: 28.655.390;
  • De R$ 10,01 a R$ 100: 11.352.859;
  • De R$ 100,01 a R$ 1.000: 4.623.573;
  • Acima de R$ 1.000,01: 802,614.

Qual é a origem do dinheiro esquecido?

O dinheiro esquecido pode estar à espera de muitos brasileiros, graças ao Sistema de Valores a Receber. Essa plataforma permite que tanto pessoas físicas quanto jurídicas consultem uma variedade de valores, incluindo:

  • Saldos disponíveis de contas corrente ou poupança encerradas;
  • Tarifas indevidamente cobradas;
  • Cobranças inadequadas de parcelas ou obrigações de operações de crédito;
  • Sobras líquidas e cotas de capital de cooperativas de crédito;
  • Recursos não resgatados de grupos de consórcio encerrados;
  • Saldos disponíveis de contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas.

Essa ferramenta busca facilitar a identificação e recuperação de recursos financeiros negligenciados, trazendo uma oportunidade valiosa para milhões de pessoas no Brasil.

Como resgatar o dinheiro esquecido?

  • Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Caso tenha esquecido que dia era esse, é possível voltar ao sistema na repescagem;
  • Faça login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro);
  • O resgate é autorizado para quem tem conta acima do nível bronze. Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer logo o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br;
  • O BC aconselha o correntista a não deixar para criar a conta e ajustar o nível no dia de agendar o resgate;
  • Leia e aceite o termo de responsabilidade;
  • Verifique o valor a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor a receber. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso;
  • Clique na opção indicada pelo sistema: “Solicitar por aqui”: para devolução do valor via Pix, em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais, e guardar o número de protocolo caso precise entrar em contato com a instituição;
  • Ou clique em “Solicitar via instituição”: voltado para usuários que não têm Pix. Neste caso, será preciso entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada;
  • Canais de atendimento da instituição vão aparecer na tela de informações dos valores a receber;
  • O cidadão vai ter que esperar em uma fila virtual se tiver muita gente querendo entrar no sistema ao mesmo tempo. O BC diz que o sistema vai informar o número de usuários na sua frente e a estimativa de tempo de espera.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.