Tenho que pagar o INSS estando DESEMPREGADO? Saiba como e não perca seus direitos

Pontos-chave
  • O desempregado tem direito de continuar contribuindo ao INSS;
  • A sua contribuição soma para as exigências da aposentadoria;
  • É preciso escolher o regime, o valor e a alíquota que pretende pagar.

O que para muitas pessoas parece impossível é, na verdade, uma realidade. Continuar contribuindo para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mesmo estando desempregado é uma opção liberada pelo governo federal.

Para iniciar o recolhimento basta estar atento às regras exigidas.

Como pagar o INSS estando desempregado
Como pagar o INSS estando desempregado (Imagem: FDR)

Receber a notícia sobre o desemprego é bem delicado e ruim, além de perder o salário fixo o trabalhador pode se preocupar com os benefícios previdenciários que deixará de ter direito.

A fim de continuar sendo um segurado do INSS, basta iniciar a contribuição de forma individual.

Escolha do regime

A contribuição ao INSS mesmo estando desempregado é uma opção dada a todo trabalhador. Basta escolher em qual regime de contribuição vai ingressar, ou se der início a um empreendimento a recomendação é fazer a inscrição como MEI (Micro Empreendedor Individual) para que inicie o pagamento para Previdência Social.

Por que contribuir com o INSS mesmo desempregado?

Vale a pena contribuir para o INSS mesmo estando desempregado? A reposta é sim! Para além da aposentadoria, a Previdência Social vai garantir ao cidadão um auxílio financeiro no momento de vulnerabilidade física ou orçamentária, por exemplo, ao ficar doente.

Tudo porque, a contribuição vai garantir o pagamento de benefícios como:

Como manter as contribuições do INSS estando desempregado?

Estando empregado, o trabalhador tem o desconto automático no seu salário para as contribuições do INSS, feito obrigatoriamente pela empresa que passa a se responsabilizar pela soma previdenciária do seu funcionário. Ao ser demitido o cidadão precisará iniciar esse pagamento por conta própria.

Para isso, a contribuição do INSS estando desempregado vai depender de dois pontos importantes:

É necessário ter um número de NIT (Número de Identificação do Trabalhador) ou número de PIS (Programa de Integração Social).

Quem já trabalhou com carteira assinada tem esse registro feito, e quem ainda não emitiu essa numeração vai precisar fazer sua inscrição no Meu INSS.

Qual o valor para o desempregado pagar de INSS?

O cálculo da contribuição ao INSS como desempregado vai depender do regime escolhido por ele, e principalmente do valor que deseja pagar em alíquota.

As alíquotas variam com base no piso e no teto da Previdência Social, e determinam também o quanto o cidadão vai receber de aposentadoria ou benefício.

Quanto maior o valor contribuído, maior o salário que será pago. Estas alíquotas em 2023 são de:

No caso da alíquota de 20% é possível escolher um valor base entre o salário mínimo e o teto.

Qual categoria devo contribuir?

Antes de iniciar a contribuição do INSS como desempregado é importante entender que existem dois tipos de categoria disponíveis.

Mas, quem está definitivamente desempregado, sem receber renda formal de nenhuma fonte só tem uma opção para escolher: facultativo.

Contribuinte Para quem Sabe quanto recolhe?
Individual Exerce atividade remunerada

Ex.: MEI, autônomo, segurado especial.

Sobre o que recebe pelo seu trabalho (observando o salário-mínimo e o Teto do INSS).
Facultativo Não exerce atividade remunerada e não é filiado a um regime próprio de previdência social.

Ex.: dona de casa, estudante ou desempregado. 

Sobre aquilo que quiser (observado o salário-mínimo e o Teto do INSS)

Conheça os códigos do INSS para desempregados

Os códigos do INSS para desempregados serão usados no preenchimento da Guia de Recolhimento da Previdência (GPS), o documento/boleto que vai conter o valor a ser pago em contribuição. Os códigos variam conforme a alíquota:

VAI SE APOSENTAR? CONHEÇA TODOS OS TIPOS DE APOSENTADORIAS PAGAS PELO INSS E SUAS DIFERENÇAS

Como funciona o período de graça do INSS?

Mesmo estando desempregado o trabalhador formal tem a garantia de segurado da Previdência Social, desde que esteja dentro do período de graça do INSS. Garantido por lei instituída em 1991, esse sistema permite que o trabalhador continue na condição de segurado mesmo sem contribuir.

O período de graça, porém, tem um limite:

Esse prazo pode se estender por mais 12 meses para segurados obrigatórios e facultativos quando o trabalhador tive feito 120 contribuições, ou comprovar que não está desempregado por vontade própria.

O desempregado pode recolher o INSS em atraso?

Sim! Mas, desde que ele já tenha contribuído para o INSS em outra ocasião, e agora precise completar. Para quem dá início ao processo de recolhimento previdenciário não é possível pagar em atraso.

Como emitir Guia de recolhimento pelo Meu INSS online

Conclusão

Por fim é possível concluir sobre a contribuição do INSS como desempregado:

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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