CAIXA faz alerta sobre financiamentos imobiliários e brasileiros ficam PREOCUPADOS

Pontos-chave
  • Financiamentos imobiliários podem estar ameaçados
  • Queda nos recursos da Poupança é um dos principais problemas

Nesta quinta, 17, Maria Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal, deu uma declaração preocupante a respeito dos financiamentos imobiliários. Veja os detalhes. 

CAIXA faz alerta sobre financiamentos imobiliários e brasileiros ficam PREOCUPADOS
CAIXA faz alerta sobre financiamentos imobiliários e brasileiros ficam PREOCUPADOS (Imagem FDR)

A comandante da Caixa afirmou que a redução nos recursos da poupança em decorrência dos altos juros está trazendo problemas para o financiamento habitacional.

Financiamentos imobiliários atravessam fase complicada 

Na apresentação dos resultados do segundo trimestre do banco, Serrano disse que esta questão é algo que vem preocupando a Caixa.

Segundo ela, o banco público perdeu, desde o último ano, R$50 bilhões em captação de poupança. “Mesmo com pequena baixa de juros que teve, Selic continua alta e poupança continua sendo produto não atrativo”, disse ela, segundo o Valor Econômico.

Por sua vez, Marcos Brasiliano, vice-presidente financeiro da Caixa, disse que enquanto a captação da poupança não voltar a subir, não dá para prever que a instituição irá reduzir suas taxas nesta linha. A poupança é o mais importante funding para o crédito imobiliário.

“Em 2024, a depender do comportamento da curva de juros, veremos se podemos dar esse sinal (de redução de juros no crédito imobiliário), que é extremamente importante para a economia. Mas só seria feito com muita responsabilidade, que é a marca dessa administração”, disse ele na coletiva sobre os resultados do segundo trimestre, de acordo com o Valor Econômico.

Caixa eleva juros por último 

Brasiliano afirmou também que a Caixa é o último banco que sobe as taxas de juros e o primeiro a reduzir. O profissional já tinha afirmado que a instituição saiu do viés de reprecificação da carteira e já seguia por um viés de enxergar em quais linhas é possível baixar os juros.

Pouco antes do Copom (comitê de política monetária do Banco Central) comunicar a queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, Selic, tanto a  Caixa como o  Banco do Brasil divulgaram corte nas taxas em algumas linhas, inclusive  no consignado.

Problema já havia sido declarado 

Em maio, este problema já havia sido comentado pela presidente da Caixa. A preocupação foi revelada no lançamento de uma nova campanha que tem o objetivo de promover a famosa poupança, o investimento mais popular do país.

De acordo com Maria Rita Serrano, presidente da Caixa, esta campanha foi lançada em um momento de grandes saques na poupança no decorrer dos últimos meses.

A caderneta, juntamente com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), responde por uma das mais importantes fontes de captação para dar conta dos financiamentos imobiliários realizados pelo banco.

Serrano falou sobre o assunto. “Com a taxa de juros altíssima, estamos tendo perdas na poupança. E, ao perder recursos em poupança, tornamos o investimento em habitação mais caro, já que temos que ir atrás de outros fundings mais caros para continuar financiando a habitação”, disse ela, segundo a Folha.

Na ocasião, Brasiliano disse ainda que a Caixa busca de forma contínua o ponto ótimo, aquele em que é possível liberar a maior quantidade de empréstimos com a taxa mais baixa possível. “A intenção é não ter novos ajustes”, disse ele, segundo à Folha.

No mês de maio, de acordo com o Banco Central, os saques da caderneta de poupança foram maiores que os depósitos em R$11,747 bilhões. Com isso, foi registrada a maior saída líquida para o mês desde o início da série histórica, que é calculada desde 1995.

O que vem causando estas retiradas?

Existem alguns motivos que podem explicar esta alta retirada de fundos da poupança. Com o aumento das dívidas, os brasileiros podem ter retirado o dinheiro para pagar as contas. Uma outra razão é que as pessoas estão conhecendo mais outras modalidades de investimentos, que oferecem mais rentabilidade.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.