Desde o início da gestão Lula, o Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que haveriam cortes no Bolsa Família. O motivo está ligado as suspeitas de fraude no Auxílio Brasil, programa que funcionava antes. Acontece que a lista de beneficiados suspensos tem aumentado cada vez mais.
Desde janeiro deste ano, os cortes no Bolsa Família desligaram 930 mil pessoas do programa de transferência de renda. O foco principal foram famílias unipessoais, compostas por uma única pessoa. Inicialmente, quem estava com suspeita de fraude sentiu seu pagamento ser suspenso e foi obrigado a comprovar seus dados e renda no Cadastro Único.
Isso porque, no ano passado o número de famílias unipessoais recebendo o Auxílio Brasil cresceu consideravelmente. Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União) a porcentagem de contemplados nesta composição estava em excesso, eram 27% do total. Diante da suspeita de fraudes e dos alertas emitidos por órgãos de fiscalização, o governo começou 2023 já pensando em filtrar esses cadastros.
Acredita-se que uma mesma família se dividia e fazia inscrição no Cadastro Único omitindo dados. Com isso, mais pessoas de um mesmo grupo familiar tinham acesso ao auxílio. Foram principalmente esses cidadãos que sofreram cortes no Bolsa Família. Agora, há indícios de que um novo corte de pagamentos deve acontecer neste mês de agosto.
Quais grupos podem ser cortados no Bolsa Família?
Apenas pertencer a famílias unipessoais, compostas por uma única pessoa, não é justificativa para ser um dos cortados no Bolsa Família. Na verdade, descumprir algumas outras regras pode ser ainda mais grave e ocasionar na suspensão do pagamento. Deixar de seguir com as condições que garantem a liberação do auxílio é motivo para ser excluído e perder a ajuda mensal.
- Ultrapassar o limite de renda de R$ 218 por pessoa da famílias;
- Caso alcance até R$ 600 por pessoa o benefício é cortado em 50% e mantido por dois anos, se o valor ultrapassar esse limite o auxílio é totalmente suspenso;
- Diminuir a frequência escolar de crianças em adolescentes abaixo dos 75%;
- Não fazer o acompanhamento de pré-natal durante a gestação;
- Não fazer o acompanhamento nutricional de crianças, adolescentes e mulheres de 14 a 44 anos;
- Estar com os dados do Cadastro Único desatualizados.
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