Deu ruim? Tradicional empresa brasileira decide FECHAR quase 100 lojas

O resultado das varejistas tem preocupado todo o cenário econômico do país. O comércio apresenta sucessivas quedas, em maior, por exemplo, a queda foi de 1% comparado a abril. Agora, uma notícia envolvendo o fechamento de uma importante e tradicional empresa brasileira preocupa ainda mais.

Deu ruim? Tradicional empresa brasileira decide FECHAR quase 100 lojas
Deu ruim? Tradicional empresa brasileira decide FECHAR quase 100 lojas (Imagem FDR)

Na última quinta-feira (10), a Via que é dona da Casas Bahia e Ponto (antigo Ponto Frio), anunciou o prejuízo líquido de R$ 492 milhões no segundo trimestre de 2023. No mesmo período, mas em 2022, a empresa havia somado R$ 6 milhões em lucros. Diante de um cenário crítico e de claro retrocesso, a empresa brasileira aproveitou para apresentar o plano de ação da nova gestão.

Devem ser fechadas de 50 a 100 lojas que não têm apresentado bons resultados, além de migrar para o shopping virtual da companhia categorias de produtos que não geram vendas rentáveis. Nesse caso é mais benéfico porque cabe a empresa ficar apenas com a porcentagem pela venda, não é preciso ter que arcar com os custos do estoque.

A expectativa é de que por meio destas mudanças a empresa brasileira acrescente ao lucro antes do imposto de renda mais de R$ 1 bilhão. A redução de estoques tem ainda o potencial de liberar R$ 1 bilhão em caixa para a empresa.

“No segundo trimestre, ainda não tivemos impactos das mudanças que começamos a implementar. Ele ficou dentro das expectativas do mercado. Com a companhia do tamanho que estava, o resultado é de prejuízo”, disse o CEO da empresa, Renato Franklin, ao Estadão/Broadcast.

Quais impactos do fechamento da empresa brasileira?

Quando falamos de uma empresa brasileira como a Via, com potencial tão grande, qualquer tipo de mudança pode mudar a vida de milhões de pessoas. A companhia busca cada vez mais resultados, quer acertar lados para conseguir subir e alavancar seu lucros o quanto antes.

Para se ter uma ideia, a esperança é de que haja monetização de ativos liberando até R$ 4 bilhões em 2023. Serão mais R$ 2,5 bilhões de créditos fiscais que, se o plano correr como o esperado, se tornarão dinheiro para a empresa. Por isso os planos de investir e aumentar o mercado.

Por outro lado, nos últimos meses, a companhia demitiu 6 mil pessoas, o que, nas contas da empresa, gerou uma economia de R$ 370 milhões. Logo, para mão de obra os prejuízos do fechamento destas lojas são gigantes. Diretamente milhões de pessoas devem ser demitidas, e indiretamente também.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com