Não saquei o dinheiro do PIS/PASEP, e agora?

Todos os anos, os trabalhadores com carteira assinada têm direito a uma série de benefícios em forma de pagamento. Diferente do abono salarial do PIS/PASEP que permite o saque até dezembro, as cotas destes programas já venceram. Isso significa que quem não fez o resgate do valor até 5 de agosto precisa se programar para receber.

Não saquei o dinheiro do PIS/PASEP, e agora?
Não saquei o dinheiro do PIS/PASEP, e agora? (Imagem: FDR)

As cotas do PIS/PASEP estão sendo pagas há anos. O benefício é dedicado aos trabalhadores que atuaram com carteira assinada entre os anos de 1971 e 1988 na iniciativa pública ou privada. Inicialmente, apenas para aposentados, adoecidos, ou quem completasse 70 anos. Desde 2020, porém, uma Medida Provisória mudou a forma como o resgate desse dinheiro poderia ser feito.

Foi autorizado que qualquer pessoa com direito as cotas, independente da idade, pudesse receber a quantia caso ainda não tivesse feito esse processo. A partir disso, todo dinheiro disponível no Fundo do PIS-PASEP foi repassado para o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), e passou a ficar sob os cuidados da Caixa Econômica Federal.

Neste ano, o governo federal deu como prazo final o dia 5 de agosto para que aqueles que ainda não resgataram as cotas do PIS/PASEP recebessem o dinheiro. O mesmo prazo foi usado para herdeiros e dependentes legais de trabalhadores que tinham direito ao benefício, mas já faleceram. Era possível fazer a solicitação dos recursos por meio do App FGTS.

O que acontece se o saque do PIS/PASEP não foi feito?

De acordo com a Caixa Econômica, até a última sexta-feira (4), cerca de 10,5 milhões de brasileiros ainda não haviam resgatado os valores nas contas do PIS/PASEP que, ao todo, somavam R$ 25 milhões. Conforme foi avisado pelo governo federal, a quantia que não foi recebida deveria ser transferida para os recursos do Tesouro Nacional.

Isso não significa, porém, que aqueles que não fizeram o pedido para receber os valores que poderiam chegar a R$ 2,9 mil perderam o direito de fazer o saque. Os beneficiários têm até cinco anos para requerer a devolução do dinheiro por meio de recurso administrativo.

O pedido deve ser encaminhado para a União, e todo o procedimento sobre como os recursos serão devolvidos ao cidadão ainda serão informados por meio de uma portaria que será publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com