- Conheça o Tesouro Educa+
- Objetivo é estimular a educação
Nesta terça, 1º de agosto, foi lançado pelo Tesouro Direto um novo título corrigido pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Batizado de Tesouro Educa+, ele tem o objetivo de estimular as famílias a fazer uma poupança voltada para os estudos dos filhos na universidade. Veja os detalhes.
Este novo título terá correção pelo IPCA e com pagamento de amortizações em parcelas mensais e iguais também corrigidas pela inflação ao longo de cinco anos.
Conheça o novo título do Tesouro Direto
O Educa+ cria, na prática, um fluxo financeiro e o investidor vai acumulando títulos até que seu filho ingressa na universidade e passa a contar com os frutos do investimento. O valor mínimo para investir é R$30.
Será recebido pelo investidor fluxos mensais recorrentes sempre a partir de 15 de janeiro do ano escolhido.
Neste primeiro momento, vão ser oferecidos 16 títulos, com a primeira conversão no ano de 2026 e a cada ano seguinte. Estas informações foram recebidas de forma antecipada pelo Valor Investe através do Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
“Estamos apostando muito nesse papel como mecanismo de popularização do Tesouro Direto, para classes mais baixas, seja para o pagamento da mensalidade de uma instituição privada, seja para custeio de outras despesas durante o curso superior dos filhos. Ele terá a opção de três a 18 anos de acumulação e o investidor vai poder simular na plataforma do próprio Tesouro quanto deverá contribuir mensalmente para obter o pagamento mensal no futuro”, disse ele ao Valor Investe.
Rogério disse também que este novo programa não trabalha com uma meta de adesão até o final deste ano.
Como simular o valor que vou receber
Os interessados podem simular o valor que irão receber através da plataforma do Tesouro Direto. Lá será necessário informar a idade do filho, a idade que ele irá entrar na faculdade e o valor que pretende receber após a fase de acumulação.
Após isso, o interessado vai conferir quantos aportes serão necessários para resgatar o valor pretendido.
“Para criar esse simulador nós pegamos todos os feedbacks que recebemos do Renda+ — título destinado a quem deseja complementar a aposentadoria e receber um benefício mensal extra. Então, será possível personalizar o título com o nome da criança, a interface é mais fácil de entender também”, disse Ceron ao Valor Investe.
Sobre a taxa de custódia, o valor será zerado para quem receber o valor relativo a até 4 salários mínimos em seus pagamentos mensais e também para quem ficar com o título até o vencimento. Para valores acima desse, será cobrada uma taxa de 0,10% ao ano sobre o excedente.
No entanto, no caso de quem decide vender o título antes do vencimento a taxa de custódia a ser paga será alta. Aqui, a taxa é decrescente obedecendo o tempo investido.
Sendo assim, caso o investidor ficou sete anos com o título e decidiu vendê-lo nesse período, o pagamento será de 0,50% ao ano sobre o valor de resgate. De sete a 14 anos, a taxa é de 0,20% ao ano e acima de 14 anos, será cobrada 0,10%.
Liquidez diária
Este título tem liquidez diária e quem o vender de forma antecipada, vai ganhar o preço de mercado. É importante dizer que existe um período mínimo de 60 dias de carência para poder vender o título de forma antecipada.
Vamos trazer o conceito de investimento coletivo para o Tesouro Direto. Então, além dos pais, os avós, tios e demais parentes e amigos também vão conseguir contribuir, a partir de um QR code pago por Pix”, explicou o secretário ao Valor.
Por fim, é pretendido ainda fazer com que o Tesouro Educa+ seja um benefício empregatício junto a empresas, no formato da previdência complementar.
