A compra do carro próprio é o sonho de milhões de brasileiros. Na hora de escolher um automóvel, diversos fatores são levandos em consideração, principalmente envolvendo o preço, afinal de contas, não são bens baratos. E por isso, uma excelente alternativa é a compra de carros usados. Porém, muito cuidado é necessário nestes casos, pois golpes fazem cada vez mais vítimas!
Golpes do carro usado
A compra de um carro envolve alguns segredos, mas com a tecnologia e alguns recursos é possível fazer um bom negócio. Além de muita pesquisa e uma boa dose de precaução, a compra do automóvel pode ser fácil com alguns cuidados.
Os golpes são muito comuns, fazendo com que o comprador precise ficar atento. A Visão Total, rede de vistorias com 150 unidades em todo o país, listou quais são os sete golpes mais comuns. Confira abaixo!
Golpe da quilometragem adulterada
Esse é o golpe mais comum. É possível descobrí-lo com um laudo cautelar, que sinaliza qualquer alteração na programação do veículo. Assim, o sistema detecta e a inspeção não é aprovada. Algumas marcas também trazem a informação de rodagem em peças, como o câmbio. Assim, não basta adulterar o hodômetro, pois uma análise de sistema do carro já identifica a fraude.
Carro com passagem por leilão
Até algum tempo atrás, muitos carros podiam ter simplesmente o histórico de leilão apagado em fraudes desse tipo. Muita gente comprava “gato por lebre” e o documento não constava a passagem por leilão.
De acordo com André Luís Costa, diretor da Visão Total Vistorias, essa é a fraude mais comum hoje em dia, mas basta fazer um laudo cautelar que a verificação do sistema é infalível e mostra eventuais problemas no histórico do carro. “Mas é preciso ter atenção, pois o laudo ECV, que é mais simples, não aponta a passagem por leilão. Já o laudo cautelar sempre mostra”, comenta Costa.
Carro com histórico de sinistro
Embora seja fácil de identificar carros que foram danificados e reparados, nem sempre é possível dizer só com uma análise cuidadosa que o carro tem um sinistro.
O sinistro ocorre quando há uma ocorrência de problemas como uma batida mais forte no veículo, dado que vai para o histórico das seguradoras e gera o chamado “apontamento” nos laudos cautelares.
Costa explica que nem sempre um sinistro significa algo grave. “Há sinistro de média e alta monta, mas esse registro no histórico do carro desvaloriza o veículo, e por isso, o laudo cautelar é indicado. Além disso, nesse tipo de laudo é feita a análise estrutural do carro. Em caso de sinais de batidas fortes na dianteira, traseira ou parte estrutural, como coluna e longarinas, o carro terá essa informação no laudo técnico”, comenta Costa.
Carro com restrições administrativas
Muita gente compra um carro e na hora da transferência descobre que não pode fazer o processo. Isso pode ocorrer por restrição administrativa, impostos não pagos, processo judicial por inventário ou envolvimento do veículo em alguma ação criminosa. Por isso, antes de iniciar a negociação é preciso fazer o levantamento. A melhor forma é via laudo cautelar ou uma pesquisa nas bases estaduais da secretaria da fazenda.
Carro com multas
É muito comum, na hora do momento da negociação, o carro não ter multas, mas, com o tempo, elas aparecem no histórico do veículo. A recomendação da Visão Total é fazer a pesquisa de multas no Detran do estado onde o carro é registrado.
Também é válido fazer um acordo por escrito com o vendedor, onde a data de entrega do veículo vale como responsabilidade por eventuais multas. O dono anterior até aquela data, e o atual proprietário daquele momento em diante.
Golpe do carro batido
Infelizmente muita gente ainda compra carro sem pedir laudo cautelar, sem essa análise estrutural e sem o aval de um mecânico. Carros reparados têm sinais de conserto como: repintura, desgaste anormal de peças de acabamento e um estado deteriorado. O ideal é levar um mecânico para avaliar o carro e depois fazer um laudo cautelar para se prevenir.
Golpe do laudo falso
Tanbém existem casos nos quais o próprio vendedor, ou mesmo a loja/concessionária, apresentem laudo que é falso. Ao receber esse documento é possível verificar junto a empresa emissora, via número do documento, atestando sua emissão.
“Uma dica é que o próprio interessado leve a um local de sua confiança para fazer o laudo, sendo direito dele levar em um estabelecimento de sua confiança”, explica Costa. “Se a loja não permitir que o cliente leve em local de sua confiança ou exija um documento atualizado é sinal de que há algum problema com aquele veículo”, finaliza Costa.