- Famílias gastam boa parte da renda com pagamentos de juros
- Confira dicas especiais para economizar
Para muitos brasileiros, a renda mensal fica apertada diante de tantas contas e despesas. Os juros altos também acabam consumindo uma parcela considerável da renda das famílias. Atualmente, mais de 25% da renda familiar é gasta com o pagamento de juros. Veja os detalhes e confira dicas para economizar.
Este cenário permanece há nove meses. Um estudo do Instituto Propague em parceria com o Economic Research da Stone, revelou que cerca de 25% de toda renda familiar de famílias brasileiras é gasta com pagamento de juros e amortização de dívidas.
Renda das famílias e os juros
De acordo com o estudo, as modalidades de crédito para pessoa física caíram 13 pontos percentuais na taxa de crescimento quando é comparado março deste ano com o mesmo mês de 2022, caindo de 30% para 17%. Esta conclusão do estudo foi obtida com análises de 2022 e do primeiro trimestre deste ano.
Isto pode ser explicado de forma simples: a desaceleração do mercado de crédito para pessoas físicas no país está relacionada com o processo de aperto monetário, com a taxa básica de juros Selic saltando de 2% em março de 2021 para 13,75% ao ano em agosto do ano passado, se mantendo neste patamar atualmente.
“Diversos estudos apontam que a política monetária tende a ter efeitos mais lentos sobre a economia e, por isso, estamos observando seus efeitos de maneira mais clara somente agora, por meio dos dados divulgados do último trimestre de 2022 e do primeiro trimestre de 2023”, disse ao O Globo, o analisa o pesquisador econômico e cientista de dados do Instituto Propague, Guilherme Freitas.
Ainda segundo o estudo, cerca de 25% de toda renda familiar de famílias brasileiras é gasta com pagamento de juros e amortização de dívidas.
“Mesmo com a redução do crescimento de concessões para pessoas físicas, este patamar de comprometimento da renda das famílias não têm se alterado significativamente, indicando dificuldade das famílias brasileiras em pagar dívidas já existentes, algo que também explica o crescimento recente das linhas ligadas ao endividamento (cartão rotativo e parcelado com juros, renegociação de empréstimos pessoais e cheque especial). Brasileiros com dificuldades em honrar compromissos financeiros acabam recorrendo a linhas de crédito emergenciais que são, consequentemente, mais caras”, disse o pesquisador ao O Globo.
Dicas para economizar dinheiro
Evite compras desnecessárias
Muitas pessoas acabam comprando produtos novos apenas para se manterem atualizados. Quantas vezes já pensamos em comprar um celular novo somente para ter o último modelo ou sonhamos com o carro do ano? Estas compras trazem satisfação mas devem ser feitas com cuidado para não atrapalhar o orçamento.
Não pense só em status
É normal querer andar com roupas e acessórios da moda. No entanto, precisamos avaliar nossas possibilidades pois não adianta comprar coisas caras e acabar se endividando ou ficando sem dinheiro.
Sendo assim, procure alternativas mais baratas e de boa qualidade em momentos que o dinheiro estiver curto.
O mais barato pode sair caro
Na dica acima, dissemos que em alguns momentos vale buscar alternativas mais baratas e acessíveis. Mas, é preciso ter cuidado, uma vez que nem sempre o barato compensa.
Uma pessoa pode, por exemplo, comprar um celular mais barato e de pouca qualidade, e ele pode funcionar durante poucos meses. Já um celular de uma marca confiável, mesmo que mais caro, pode durar anos e anos.
É neste momento que devemos avaliar o custo benefício, evitando comprar produtos caros demais para que oferece ou baratos demais, mas com qualidade questionável.
Faça uma autoavaliação
É importante parar e pensar o motivo de ter se endividado. Isso pode te ajudar a não cometer novamente os mesmos erros no futuro. Mantenha as rédeas de suas finanças para evitar o endividamento.