Não basta entrar no mercado de trabalho, o cidadão ainda precisa conseguir estabilidade suficiente para se manter na vaga de emprego. Uma recente pesquisa, divulgada na quarta-feira (28) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a taxa de desocupação no Brasil atingiu a menor taxa em oito anos. Isso porque, em abril atingiu o patamar de 8%.
Os dados calculados pelo Ipea usaram como parâmetro a série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Por meio desse levantamento foi possível perceber que o mercado de trabalho está mais movimentado. Isso porque, a taxa de desocupação que até então estava estável em torno de 8,5%, voltou a recuar com mais força no último bimestre, atingindo em abril o patamar de 8%.
No mês de abril, comparado ao mês anterior, a população ocupada apresentou a quarta expansão consecutiva com pelo menos 99,2 milhões de pessoas empregadas. Outro fator importante também foi apresentado por meio da pesquisa, o de que o número de empregados formais tem se sobressaído se comparado com os informais.
“Enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nessa mesma base de comparação”, diz o Ipea. A análise mostrou que o mercado de trabalho tem crescido nos últimos 12 meses, ou seja, um ano. Todos os setores criaram emprego, com destaque para o comércio com 376,2 mil empregos.
Melhora da taxa de emprego e do mercado de trabalho
Para o Ipea, o que explica a melhora na ocupação de vagas de emprego e movimentação do mercado de trabalho é a menor necessidade de compensar as perdas de emprego e o rendimento dos domicílios. Com isso, mais pessoas de uma mesma residência conseguem se dedicar a diferentes atividades.
Uma das relações com essa explicação do Ipea é o fato dos desalentados, pessoas que gostariam de estar no mercado de trabalho, mas não procuram emprego por achar que não encontrariam, também caiu 15,8% nos últimos 12 meses.
Além disso, o número de pessoas que estão fora da força de trabalho por razões ligadas ao estudo, doença ou obrigações domésticas, e que não querem retornar à atividade profissional mesmo com proposta de emprego, também mostrou retração no último ano.