Morador do Minha Casa, Minha Vida é pego de surpresa com decisão do governo

O programa Minha Casa, Minha Vida tem recebido uma série de incentivos e novidades vindas do governo federal. O sistema de financiamento imobiliário popular foi recriado nesse ano, no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do país. Agora, os novos moradores dos condomínios criados para esse fim devem se preparar para as mudanças.

Morador do Minha Casa, Minha Vida é pego de surpresa com decisão do governo
Morador do Minha Casa, Minha Vida é pego de surpresa com decisão do governo (Imagem: FDR)

Nesta quarta-feira (28), o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que ao contrário das unidades do Minha Casa, Minha Vida que já foram entregues, as novas habitações não terão painéis solares. A mudança foi adotada pela Pasta, responsável pelo programa, depois que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) alertou sobre os impactos que essa medida traria.

A Agência informou que a instalação de painéis solares das casas construídas para oferta no programa, traria um impacto de R$ 1 bilhão nas contas de energia elétrica. Tudo porque, o uso de energia solar funciona assim: o consumo excedente daqueles que produzem sua própria energia por painéis solares é jogado nas linhas de transmissão das distribuidoras. Eles recebem por isso, e a cobrança é feita para os demais pagadores de impostos.

Pensando em evitar qualquer tipo de prejuízo para os demais consumidores, Jader Filho afirmou aos jornalistas que está buscando uma “solução equilibrada” sobre o tema com o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia. Boa parte das unidades habitacionais construídas em nome do Minha Casa, Minha Vida já possuem essa tecnologia de uso de energia.

Energia solar no Minha Casa, Minha Vida

O ministro das Cidades ainda informou que o valor das placas que seriam instaladas será usado para “adquirir energia de fazendas solares” para o novo Minha Casa, Minha Vida. Hoje, há imóveis que portam esse dispositivo, mas segundo Jader muitas vezes o sistema não se mostra viável.

“Isso foi uma curva de aprendizagem que o Minha Casa, Minha Vida teve. Desde a criação do programa, em 2009, nós identificamos que, ao deixar as placas nas casas das pessoas, muitas vezes elas não têm recursos para fazer a manutenção. Outras vezes, algumas pessoas vendem as placas solares ou se desfazem delas”, explicou.

Para alertar sobre o impacto que o projeto teria na conta de energia dos consumidores de todo país, a Aneel encaminhou um ofício ao Ministério de Minas e Energia.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]