Uma empresa norte-americana do de utensílios de cozinha e eletrodomésticos acaba de entrar com o pedido de falência. Empresa aderiu ao capítulo 11 que possibilita a continuidade das atividades mesmo após ela ter dado entrada no pedido.
O processo de falência é um pouco diferente do Brasil para os Estados Unidos, lá o processo é regido pelo Código de Falências dos EUA, conhecido como US Bankruptcy Code. O capítulo 11 do texto possibilita que a empresa continue operando mantendo seus ativos e com possibilidade de se opor às exigências dos credores.
Além disso, ao solicitarem o enquadramento nesse capítulo as corporações têm a possibilidade de adiar os pagamentos; por outro lado, elas ficam obrigadas a prestar informações sobre o andamento das transações com os credores.
Falência da Instant Brands
A Instant Brands, fabricante dos utensílios de cozinha Pyrex, deu entrada no pedido de falência se enquadrando justamente nesse capítulo 11, que possibilita a continuidade das atividades.
Essa é mais uma das empresas norte-americanas atingidas pela inflação que tem alcançado altos patamares; os juros nos EUA estão atualmente entre 5% e 5,25% ao ano.
A empresa emitiu um comunicado assinado pelo presidente e CEO da Instant Brands, Ben Gadbois, onde fala sobre a atual crise e os desafios enfretados.
“depois de navegar com sucesso na pandemia do Covid-19 e na crise global da cadeia de suprimentos, continuamos a enfrentar desafios macroeconômicos e geopolíticos globais adicionais que afetaram nossos negócios. Em particular, o aperto dos prazos de crédito e taxas de juros mais altas impactaram nossos níveis de liquidez e tornaram nossa estrutura de capital insustentável“, afirma a empresa.
De acordo com as informações do Tribunal de Falências dos Estados Unidos, a Instant Brands acumula US$ 500 milhões em ativos e passivos, mais de R$ 2 bilhões.
A crise que agora se tornou pública já era vivida pela dona da marca Pyrex há algum tempo. Inclusive, em janeiro desse ano a empresa teve que pagar multa por divulgar a comercialização de um produto “Made in USA” que na verdade era fabricado na China.
“Nos últimos meses, temos trabalhado de perto com todos as nossas partes interessadas financeiras para posicionar a empresa para sua próxima fase de sucesso”, disse o presidente e CEO através do comunicado.