Desenrola Brasil: saiba quais documentos e regras para RENEGOCIAR suas dívidas

Pontos-chave
  • O Desenrola Brasil foi criada por meio de uma Medida Provisória;
  • A plataforma de negociação deve ser lançada em julho;
  • Alguns bancos já confirmaram que participarão da negociação.

Por meio da Medida Provisória (MP) 1.176/2023 foi instituído o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, conhecido como Desenrola Brasil. A expectativa do governo federal é de que 70 milhões de pessoas sejam beneficiadas, podendo negociar suas dívidas com longo prazo de pagamento. A plataforma será liberada em julho.

Desenrola Brasil: saiba quais documentos e regras para RENEGOCIAR suas dívidas
Desenrola Brasil: saiba quais documentos e regras para RENEGOCIAR suas dívidas (Imagem: FDR)

De acordo com um levantamento feito pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) junto com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em abril desse ano 60,08 milhões de pessoas estavam inadimplentes no país. Isso significa que a cada 10 pessoas, pelo menos 4 estão endividados. O objetivo do Desenrola Brasil é atingir além desse total, contemplando 70 milhões de brasileiros.

Para isso, será lançada uma plataforma com credores do nicho bancário e varejistas a fim de que o cidadão consigam negociar em um único canal as pendências que estão em seu nome. O próprio governo federal admite, porém, que nem todas as dívidas que estão em nome do cidadão poderão ser negociadas, porque vai depender da disposição do credor.

Na prática, o sucesso do Desenrola Brasil vai depender da adesão dos bancos e empresas. Tudo porque, caso haja uma baixa procura para participar do programa de nada vai adiantar, já que não será interessante para os consumidores. Fornecedores de energia elétrica e saneamento, por exemplo, podem não optar pela negociação porque ofertar descontos não é viável para eles.

Quem pode negociar dívidas com o Desenrola Brasil?

A MP que criou o Desenrola Brasil determinou duas faixas de públicos para que sejam atendidos pelo programa. O objetivo é priorizar aqueles que vivem com baixa renda e que com o CPF restrito têm poucas chances de conseguir crédito no mercado. E que em contrapartida possuem dívidas baixas, com fácil chance de negociação.

São dois tipos de credores que poderão se inscrever para fazer ofertas: pessoa jurídica que incluiu o devedor no cadastro de inadimplente; e bancos ou instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central para realizar operações de créditos. O governo vai liberar incentivos financeiros para que essas instituições ofereçam condições vantajosas aos devedores.

Para negociação serão atendidos dois públicos:

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Bancos já confirmaram participação no Desenrola Brasil

De acordo com o governo federal a participação dos agentes bancários e dos credores pessoa jurídica vai depender da oferta de negociação que eles farão. Funcionará como uma espécie de leilão, em que essas instituições devem dar lances de ofertas para inscrição no Desenrola Brasil e então conseguirem a autorização para firmar o acordo com seus devedores.

Por hora, algumas instituições bancárias já confirmaram que participarão do programa para negociação. São eles:

Caixa Econômica Federal, Mercantil, Inter, Pan, PagBank e Banrisul divulgaram que aguardam a regulamentação da medida, a ser publicada pelo ministério da Fazenda nos próximos dias para que então possam se posicionar.

Como fazer negociação pelo Desenrola Brasil?

O Desenrola Brasil será transformado em uma plataforma de acesso por meio do Gov.br, em que todos os credores e agentes bancários estarão reunidos. Por lá, o usuário poderá conferir quais as condições de negociação que foram oferecidas por cada instituição e confirmar o parcelamento da sua dívida ou pagamento à vista.

A data de lançamento da plataforma ainda não foi divulgada, mas deve acontecer no mês de julho. O acesso funcionará assim:

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Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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