Muitos brasileiros estão comemorando a notícia de que as autoescolas vão acabar no Brasil. Mas, é preciso destacar alguns pontos importantes para entender como isso vai acontecer em nosso país. Nós separamos tudo o que você precisa saber sobre esse assunto. Confira abaixo!
A emissão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) é um processo que envolve tempo e custos consideráveis. Inicialmente, é necessário buscar um CFC (Centro de Formação de Condutores) e, em seguida, participar de aulas teóricas e realizar a prova correspondente.
Além disso, há a simulação, a aula prática e a prova prática, todas dependentes das autoescolas. No entanto, a realidade é que nem todos têm condições financeiras para arcar com os cerca de R$ 3 mil que em média são necessários para obter o documento, o que torna a emissão da CNH inacessível para muitas pessoas.
Para tornar esse processo mais acessível, um Projeto de Lei (PL) está em tramitação no Senado Federal desde 2019. De autoria da senadora Kátia Abreu (PP), o projeto propõe o fim da obrigatoriedade das autoescolas. Segundo a senadora, a população de baixa renda é a mais afetada, já que 80% dos custos para obtenção da carteira são direcionados às autoescolas.
É verdade que as autoescolas vão deixar de existir no Brasil?
O PL sugere que instrutores autônomos cadastrados e regulamentados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) possam auxiliar os alunos interessados em aprender a dirigir, tornando o processo mais acessível financeiramente.
É importante ressaltar que o PL não pretende proibir as autoescolas, mas sim oferecer uma alternativa para aqueles que desejam obter a CNH de forma mais econômica. As mudanças propostas se aplicariam apenas às categorias A e B da CNH, ou seja, condutores profissionais, como caminhoneiros, ainda seriam obrigados a passar pelo processo das autoescolas.
Mesmo diante das discussões, é bastante improvável que o PL das autoescolas seja aprovado no Senado Federal. Apesar de estar em tramitação há quatro anos, o projeto ainda precisa passar pela aprovação das Câmaras dos Deputados e, posteriormente, ser sancionado pelo presidente. Com o tempo de tramitação já decorrido, é mais provável que a proposta não avance para a próxima etapa legislativa.