É comum que a Polícia Federal forme missões para que consiga localizar erros que vem sendo cometidos, independentemente de quem seja o culpado. Em operação realizada nesta quinta-feira, 01/06, um valor assustador foi localizado em cofres que podem ser vinculados ao presidente da câmara, Arthur Lira (PL).
Em episódio relatado nesta quinta-feira, 01/06, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma missão que investiga ações suspeitas que envolvem o dinheiro público. Mais especificamente, a PF está investigando o que aconteceu com o capital que estava destinado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Para localizar os suspeitos da investigação, foram emitidos 26 mandados de busca e apreensão, além dos dois mandatos de prisão preventiva. Estes mandados são emitidos após a investigação da PF, principalmente da parte de inteligência da organização, que foi determinante neste caso.
Isto porque os mandados não foram em vão. Um dos suspeitos investigados que teve a visita da PF em sua residência possuía um cofre lotado de dinheiro. Uma quantia muito acima do que deve-se ter, em dinheiro vivo, dentro de uma residência. Além do problema legal, veremos também repercussões políticas no caso.
Isto porque o cofre recheado com, no mínimo, R$4,4 milhões, pertence à um aliado do atual presidente da câmara dos deputados, Arthur Lira (PL-AL). A investigação já vinha sendo realizada desde o ano passado e foi operada de forma em que foram localizados diversos suspeitos em todo o país.
O que a Polícia Federal disse sobre a investigação?
Por ainda ser uma investigação em andamento, a Polícia Federal pode falar sobre o caso, mas de uma forma reduzida. O que foi dito pela organização é que os crimes investigados foram realizados durante o período entre 2019 e 2022, com foco em contratos realizados no estado de Alagoas que são fraudulentos.
Confira trecho da nota divulgada pela PF:
“De acordo com a investigação, as citadas contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes”
Quem é o aliado de Arthur Lira (PL-AL) que está sendo investigado?
A empresa Megalic, suposta fornecedora dos kits de robótica, pertence à Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió, João Catunda (PSD). Tanto o pai como o filho são aliados públicos e políticos do presidente da câmara. Outros aliados locais de Lira também vendo sendo investigados.