Aumento na conta de luz pega os brasileiros de surpresa gerando preocupação

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou, recentemente, a estimativa sobre a tarifa da conta de luz para este ano de 2023. A péssima notícia para os brasileiros é que ela deve subir, em média, 6,9%.

Aumento na conta de luz pega os brasileiros de surpresa gerando preocupação
Aumento na conta de luz pega os brasileiros de surpresa gerando preocupação. (Imagem: FDR)

A conta de luz está entre as principais despesas dos brasileiros. Para esse ano de 2023, segundo a Aneel, a estimativa é uma alta de 6,9% na conta de luz.

Os dados foram apresentados pelo diretor-geral do órgão regulador, Sandoval Feitosa. “A tarifa média no Brasil para 2023 tem uma perspectiva de ser reajustada em 6,9%, em média, como já falado. Tem regiões que têm tarifas maiores“, disse. “O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara”, completou.

As estimativas, de maio deste ano, envolvem diversas incertezas em razão da antecedência de sua realização e da dinâmica das variáveis que compõe os processos tarifários. Feitosa explicou que a tarifa de energia elétrica é composta pelos custos de distribuição, transmissão, geração e encargos setoriais – parcela que mais tem subido.

Segundo o diretor-geral da Aneel, os encargos setoriais cresceram acima do IPCA e IGP-M, índices de inflação, desde 2015. Ele citou a criação do subsidiômetro, ferramenta digital da Aneel que detalha os subsídios pagos pelos consumidores via conta de luz nos últimos anos.

Reajustes na conta de luz por região

Os reajustes, contudo, variam para cada região. No Norte, a estimativa é que a tarifa suba, em média, 17,6%. Para o Nordeste, a projeção é de reajuste médio de 7,9%. Já para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a agência estima aumentos médios de 6,5%, 5,7% e 4,5%, respectivamente.

Bandeiras da conta de luz

Feitosa indicou ainda que os consumidores não irão pagar taxa adicional nas contas de luz neste ano, as chamadas bandeiras tarifárias. Segundo ele, as perspectivas para 2024 também são positivas.

“Já estamos desde o ano passado sem acionamento das bandeiras. Este ano não teremos acionamento das bandeiras e temos boas perspectivas para o ano que vem. Isso dá uma melhor percepção para o consumidor”, afirmou na audiência pública.

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Categorizadas por níveis, elas indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando o custo de produção aumenta, a agência pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2 — que representam custo extra ao consumidor.

Já a bandeira verde não acrescenta custos às tarifas dos consumidores de energia com base no seu consumo mensal. Essa bandeira está em vigor desde 16 de abril do 2022, ou seja, há mais de ano.

Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

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