O dólar comercial encerrou em baixa nesta segunda-feira (15), emendando o quinto pregão consecutivo de queda, atingindo pela primeira vez um valor próximo do que aconteceu só em junho do ano passado. Enquanto a Bolsa de Valores encerrou seu oitavo pregão consecutivo de alta.
O dólar registrou uma queda acentuada nesta segunda-feira (15). A moeda americana fechou o dia com queda de 0,65%, a R$ 4,89, menor preço desde junho de 2022. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou um aumento de 0,52%, alcançando os 109.029 pontos.
O dólar também apresentou queda em relação a outras moedas, como o índice DXY, que avalia o desempenho da moeda americana em comparação com outras moedas fortes, registrando uma baixa de 0,26% nesta segunda-feira.
O dólar em queda e a influência no real
Já beneficiado pela onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, o real ganhou impulso extra em meio à expectativa em torno da divulgação do texto do novo arcabouço fiscal com regras mais duras.
No contexto brasileiro, a sequência de altas na Bolsa e as expectativas em relação à tramitação do arcabouço fiscal contribuíram para o bom desempenho do real em relação ao dólar.
Embora haja otimismo em relação a um possível acordo, as incertezas aumentam o receio dos investidores. Por isso, existe uma cautela nos mercados dos Estados Unidos devido às negociações em andamento sobre o aumento do teto da dívida do país.
Bolsa de valores sobe
Na Bolsa brasileira, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pela Vale, que registrou alta de 1,43%, em linha com os contratos futuros do minério de ferro. As empresas Eztec (5,24%), Klabin (4,54%) e Gol (4,34%) também apresentaram as maiores valorizações da sessão.
Na contramão, as ações da Petrobras exerceram pressão de baixa sobre o Ibovespa, com quedas de 1,99% nas ações ordinárias e 2,05% nas preferenciais. A queda foi impulsionada pelas declarações do presidente da companhia, Jean Paul Prates, sobre as mudanças na política de preços dos combustíveis da petroleira.
Os juros futuros de curto prazo continuaram a subir após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril na última sexta-feira. Os contratos com vencimento para janeiro de 2024 foram de 13,29% para 13,31%.