Escândalo de apostas no futebol brasileiro tem mais dois jogos sob suspeita. Entenda o caso

Pontos-chave
  • Operação Penalidade Máxima quer descobrir se houve manipulação
  • A suspeita é mais dois jogos do Brasilerão tiveram resultados manipulados

O futebol, um dos esportes que mais gera paixão entre os torcedores brasileiros, está envolvido em mais uma polêmica. O novo foco da Operação Penalidade Máxima é descobrir se houve manipulação nos resultados de outros dois jogos do Brasileirão 2022. Entenda.

Escândalo de apostas no futebol brasileiro tem mais dois jogos sob suspeita. Entenda o caso
Escândalo de apostas no futebol brasileiro tem mais dois jogos sob suspeita. Entenda o caso (Imagem FDR)

Segundo a revista Veja, a suspeita do Ministério Público de Goiás é que mais dois jogos do Brasilerão tiveram seus resultados manipulados. Com isso, agora são oito jogos da Série A, uma da Série B de 2022 e mais quatro em estaduais de 2023 (dois do Campeonato Paulista e dois do Campeonato Gaúcho), com resultados sob suspeita.

Manipulação de resultados no futebol 

No entanto, segundo a Veja, pelo menos 20 jogos estão sendo averiguados pelo Ministério Público, com clubes e empresas que fazem as apostas sendo tratados como vítimas.

O líder da quadrilha que fazia a manipulação dos jogos seria Bruno Lopez, o BL. Outras 16 pessoas podem se tornar ré no caso.

Jogos da Série A que estão sendo investigados

Jogadores suspeitos 

Os nomes não foram revelados pelo Ministério Público, no entanto, Victor Ramos, ex jogador  do Vasco e do Palmeiras, teve o seu celular apreendido. O jogador de 33 anos estava em casa na manhã da última segunda, 8, em Chapecó, e foi levado para prestar depoimento. Sua agenda não foi interrompida e ele segue treinando normalmente.

Outro suspeito é o zagueiro do Red Bull Bragantino, Kevin Joel Lomónaco. Um mandato de busca foi conduzido por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na casa do jogador, segundo o jornal “Em Pauta”.

O lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e que atua agora  no Ypiranga-RS, estão entre os investigados, segundo o GE.

De acordo com o MP de Goiás, os suspeitos são de várias partes do país. Ontem, 9, foram buscados os seguintes nomes:

Até o momento, nenhum jogador foi preso, apenas pessoas envolvidas nas solicitações de manipulação. Em são Paulo foram feitos três mandatos de prisão, somente para não atletas.

Como a manipulação dos resultados era feita 

A manipulação era feita da seguinte forma pelos atletas e por envolvidos suspeitos, segundo a investigação: recebimento de cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, e mais.

O que disseram os times envolvidos na polêmica 

Foram divulgadas notas da Chapecoense e do Red Bull para falar sobre os jogadores investigados.

“O clube tem tolerância zero com qualquer atitude que possa ferir a idoneidade do esporte e vá contra os valores e dignidade de todos que vestem as cores do Red Bull Bragantino. Nos colocamos à disposição das autoridades durante a investigação e trataremos internamente a situação legal envolvendo o atleta”, afirmou o time de Bragança, segundo a ESPN.

“A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta. Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso”, de acordo com a ESPN.

Operação “Penalidade Máxima” 

De acordo com a investigação da Operação “Penalidade Máxima”, os grupos criminosos persuadiram  jogadores, oferecendo propostas de até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e que rendessem o lucro de apostadores em sites do ramo.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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