Poupança sofre grande impacto e PREOCUPA brasileiros

A poupança é a aplicação mais tradicional do Brasil, e, normalmente é o primeiro contato da maioria das pessoas no mercado financeiro. Cerca de 67 milhões de brasileiros têm pelo menos R$ 100 guardados na caderneta. Apesar disso, recentemente têm sofrido alguns impactos.

A aplicação financeira mais procurada pelos brasileiros, a poupança, registrou que os saques superaram os depósitos em R$ 6,252 bilhões em abril, segundo dados do BC (Banco Central) divulgados na sexta-feira (05).

É o quarto mês consecutivo que a modalidade tem perdas líquidas. No mês passado, os brasileiros depositaram R$ 289,273 bilhões e sacaram R$ 295,524 bilhões da conta.

Poupança sofre grande impacto por conta deste motivo
Poupança sofre grande impacto por conta deste motivo. (Imagem: FDR)

Em abril do ano passado, a caderneta teve captação líquida – diferença entre entradas e saídas – negativa em R$ 9,877 bilhões.

Após uma série de resultados negativos, o saldo total da poupança continuou abaixo de R$ 1 trilhão em abril, totalizando R$ 967,531 bilhões.

Resgate na poupança

Desse total, os saques superaram os depósitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) em R$ 5 bilhões. Já da poupança rural, as saídas foram de R$ 1,1 bilhão. 

Em março, a saída foi de R$ 6,088 bilhões e, em fevereiro, de R$ 11,515 bilhões. Em janeiro, a aplicação havia registrado a maior retirada líquida da série histórica calculada desde 1995, com R$ 33,631 bilhões.

No ano, a poupança acumulou uma perda de 57,485 bilhões de reais. Em 2022, ela atingiu seu maior valor de resgate para o mês da série histórica, iniciada em 1995.

Histórico

O movimento de retiradas ocorre em meio a um cenário de juros elevados, que reduz a competitividade da poupança frente a outros investimentos. Com a alta da taxa básica de juros, a Selic, a aplicação tem perdido recursos.

Atualmente, com a taxa Selic a 13,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), hoje em 0,0828% ao mês (1% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17%). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.