Método de pagamento muito tradicional passa por grandes mudanças

O sistema financeiro está em constante evolução diante do avanço da tecnologia. Hoje em dia, as pessoas contam com meios de pagamento mais práticos e até mesmo instantâneos, mas existe um método que segue sendo usado e que acabou de ser modernizado.

Método de pagamento muito tradicional passa por grandes mudanças
Método de pagamento muito tradicional passa por grandes mudanças (Imagem: FDR)

Estamos falando do cheque. O tradicional método de pagamento foi modernizado pelo Banco Central como forma de garantir mais segurança aos usuários.

Cheque: método de pagamento tradicional passa por mudanças 

De acordo com o BC, a mudança mais importante é a transferência de regulação desse padrão para as instituições financeiras que oferecem contas de depósitos à vista. 

Todas as mudanças  foram aprovadas pelo Branco Central e pelo Conselho Monetário Nacional. Elas começam a vigorar no dia 2 de outubro. Antes da mudança, a definição era de responsabilidade  do Banco Central.

Ainda de acordo com o BC, o conteúdo da convenção da autorregulação, bem como futuros ajustes, precisam ser comunicados ao Banco Central com no mínimo trinta dias de antecedência da sua implementação.

O objetivo desta modernização do cheque, segundo o BC, é trazer mais segurança, flexibilidade e proporcionar inovações ao uso do método de pagamento, respeitando os limites legais.

“O novo padrão do cheque ajudará no combate às tentativas de fraudes que utilizam cheques falsos para prejudicar o cidadão”, afirmou Antonio Guimarães, consultor do Departamento de Normas (Denor) do Banco Central, em nota remetida ao Correio do Povo.

O profissional disse ainda que possíveis mudanças oriundas da autorregulação do padrão do cheque não devem mudar de forma significativa a cartela do cheque para os correntistas de bancos. “Até porque alterações significativas implicariam custos elevados de adaptação pelos próprios bancos“, disse ele na nota.

Entre as alterações citadas por Antonio, está uma nos campos que identificam a  agência em que o cliente possui sua conta.

“Esse espaço pode passar a armazenar um código de segurança para garantir que o cheque é legítimo, por exemplo. O objetivo principal é aprimorar o uso do instrumento para a prevenção de fraudes”, disse ele ao Correio do Povo.

Uso do cheque 

No último ano, o cheque movimentou um montante de R$ 666 bilhões, valor considerado significativo pelo BC.

“Por ser um título executivo extrajudicial, preservando todas os benefícios inerentes a um título de crédito, como, por exemplo, a possibilidade de execução extrajudicial, o cheque, apesar da crescente diminuição em sua utilização, se mantém como um importante instrumento de pagamento”, disse Guimarães na nota ao Correio do Povo.