O Nubank está entre os principais bancos digitais o país e sua imagem perante os clientes é muito importante. Recentemente, a fintech expressou através de um documento sua preocupação com publicidade negativa em decorrência de seu braço de gestão de recursos. Entenda.
O banco digital mostrou sua preocupação com publicidade negativa através do formulário 20-F, que foi submetido ao regulador do mercado de capitais dos EUA na última quinta, 20.
O formulário possui 482 páginas e revela detalhes da operação do NUbank no ano fiscal que chegou ao fim no último dia 31 de dezembro.
Publicidade negativa para o Nubank
O Nubank, além de falar sobre o recente caso que classificou como “especulação de mercado”, revelou que David Vélez, seu CEO e fundador, recebeu o salário mais baixo da diretoria no ano passado, em um ano em que a imagem do Nubank ficou abalada pela revelação de um pacote de remuneração bilionário da diretoria.
No documento 20-F, a empresa afirma que teria sido alvo de publicidade negativa a respeito de seu braço de gestão de recursos em janeiro deste ano. Mesmo o banco não entrando em detalhes, da para constatar que se trata do caso de recuperação judicial da Americanas, que prejudicou o mercado no início de 2023.
Isto pois o fundo de renda fixa Nu Reserva Imediata, que era indicado pelo banco para reserva de emergência, passou a registrar uma rentabilidade negativa em decorrência de um investimento em debêntures da Americanas. O fundo passou por resgates líquidos de cerca de R$ 466 milhões no período de dois dias quando os cotistas perceberam a queda.
“Esta e qualquer futura publicidade negativa poderiam afetar nossa reputação e causar rupturas no negócio. Qualquer dano à reputação pode afetar o comportamento dos clientes e, como resultado, afetar material e adversamente nossos negócios, resultados operacionais, condição financeira e perspectivas futuras”, disse o Nubank no relatório 20-F, segundo o Seu Dinheiro.
Logo após a polêmica que envolveu o fundo, o banco acabou com as atividades da área de Assessoria de Investimentos, causando a demissão de pelo menos 40 pessoas.