Na hora de adquirir bens de maior valor, como por exemplo imóveis e veículos, por conta da falta do dinheiro total, muitos brasileiros e brasileiras acabam recorrendo aos financiamentos. Mas seria este um bom tipo de empréstimo?
Vale a pena financiar?
O financiamento tem sido, nos últimos anos, uma das melhores opções para que os brasileiros possam adquirir um bem, sem se preocupar, em tese, com maiores riscos econômicos.
O financiamento bancário nada mais é do que uma antecipação de crédito firmada por um contrato entre quem precisa de dinheiro e uma instituição financeira capaz de fornecê-lo. Esta modalidade é utilizada para fins específicos, tais como, a compra de um imóvel, de um veículo e financiamento estudantil.
Cuidados na hora de financiar
Porém, nem tudo é sempre mil maravilhas, e alguns pontos precisam ser levantados. O primeiro fator é a importância da educação financeira. Sem ela, muitas vezes a pessoa não está preparada para entrar num financiamento. Isso pode levar o indivíduo a aceitar cláusulas abusivas firmadas em contrato, que podem acabar levando ao endividamento.
A Jusfy, startup jurídica que resolve todas as dúvidas em uma só plataforma, fez um relatório em 2022 que mostra que 42% dos contratos de financiamento bancário consultados por advogados na plataforma foram considerados abusivos.
Ao todo, os usuários da Jusfy fizeram 191.360 cálculos no ano passado, sendo 77.083 cálculos revisionais e 32.374. abusivos.
A ação revisional tem o objetivo de reduzir a prestação de um financiamento para o consumidor por meio do combate à cobrança de juros abusivos.
Por meio da Jusfy, os advogados conseguem recalcular todo o financiamento com a taxa média do Banco Central.
Eventuais diferenças existentes entre o valor pago e o valor recalculado do financiamento são destacadas. A grande maioria dos tribunais brasileiros adota o critério de considerar abusivo o contrato bancário que estiver 50% acima da taxa média do BACEN para a modalidade contratada.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, 77,9% das famílias possuíam dívidas em 2022. Deste valor, 86,6% corresponde a dívidas com cartão de crédito, 19% com carnês e 10,4% de financiamento de carros.
“Por mais que a porcentagem esteja pequena, dentro deste comparativo, é importante ficar de olho nas condições destes serviços bancários de financiamento. Se é um problema que dá para evitar ou mesmo ser solucionado por meio da consulta dos advogados às ferramentas destinadas a esse controle, a conduta mais indicável é a investigação”, explica Rafael Bagoli, advogado, fundador e CEO da Jusfy.