Caixa aumenta juros de uma modalidade de empréstimo e revolta clientes

Os empréstimos estão entre os principais produtos oferecidos pela Caixa Econômica Federal. No entanto, nesta semana, o banco comunicou um reajuste nos juros de uma modalidade de empréstimo, novidade que não agradou aos clientes. Saiba os detalhes.

Caixa aumenta juros de uma modalidade de empréstimo e revolta clientes (FDR)

O banco elevou a taxa de juros da linha de crédito imobiliário com recursos oriundos da caderneta de poupança. O reajuste dos juros foi confirmada pela Caixa através de nota. 

Juros mais altos para linha de crédito imobiliário da Caixa 

A elevação foi de 0,5 ponto percentual e já está em vigor desde o dia 3 de abril. Com esse aumento, a Caixa está ofertando taxas a partir de 8,99% ao ano, mais Taxa Referencial (TR), podendo chegar a até 9,99%, mais TR.

“Com relação ao crédito imobiliário, a Caixa informa que as taxas de juros são definidas em função de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais do banco”, descreveu, disse a Caixa através de nota publicada pelo UOL.

O banco estatal foi um dos últimos entre as grandes instituições que reajustou as taxas do financiamento imobiliário. No entanto, a Caixa já tinha dado indícios que faria isso como forma de seguir financiamento o setor.

A poupança vem passando por patamares recorde de saques de recursos e os bancos estão se vendo obrigadas a buscar outras possibilidades de financiamento mais caras, como por exemplo as letras de crédito imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (Cris), atreladas ao CDI. Para os bancos privados, as taxas atingiram dois dígitos percentuais no começo de 2023.

Projeções da Caixa para 2023

A Caixa projeta que neste ano irá liberar cerca de R$70 bilhões de crédito imobiliário em linhas de crédito que utilizam recursos da poupança. Caso esta expectativa se cumpra, este montante vai representar uma redução de 24% ante o último ano, quando o recorde de R$92 bilhões foi atingido.

Na nota, o banco disse ainda que as taxas para as linhas de habitação popular (do Minha Casa Minha Vida) e a linha Pró-Cotista, que utilizam recursos do FGTS, seguem sem alterações  desde outubro de 2021.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.