O WhatsApp iniciou, no Brasil, o serviço de pagamentos de pessoas para empresas pelo aplicativo. O novo recurso permite que o usuário peça um produto ou serviço, confirme a compra e ainda pague sem sair do app. Neste começo, apenas pequenas empresas poderão usar a função.
Tudo isso só foi possível após a autorização, em março, do Banco Central (BC) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Antes, apenas transferências bancárias podiam ser realizadas por meio do WhatsApp. Guilherme Horn, o chefe do app na América Latina, afirmou que não haverá limites para o valor das transações.
Pequenas empresas
Neste começo, a venda está disponível apenas para pequenas empresas que vendem pelo aplicativo de mensagens e usam a versão Business, que é voltada para negócios.
O serviço de mensagem ainda tem o WhatsApp Business API, uma versão paga voltada a empresas maiores, mas que no momento ficará de fora da modalidade de pagamentos.
Os comerciantes precisam adicionar uma conta de um parceiro de pagamentos. Atualmente, apenas as redes Cielo, Mercado Pago e a Rede operam no app. Todos os pagamentos são processados por meio dessas empresas de maquininhas. Outras estão em fase de testes.
Como funciona para o cliente
Para comprar será necessário o cadastro de dados bancários na aba “pagamentos” do aplicativo, aceitando, inicialmente, cerca de 15 bancos. Depois, o pagamento em si pode ser realizado no próprio chat com a empresa.
Os usuários do WhatsApp já podem navegar por produtos e serviços, adicioná-los no carrinho e realizar o pagamento dentro do próprio aplicativo de mensagens. O WhatsApp está possibilitando o uso de cartão de débito, crédito e pré-pago.
Segurança da compra no app
Segundo a plataforma, as bandeiras Visa e Mastercard, parceiras do WhatsApp no negócio, vão realizar a tokenização dos cartões, ou seja, uma representação digital que será armazenada.
Essa tokenização substitui as informações confidenciais “sem expor nenhuma informação sensível da conta, reduzindo o risco de fraudes”, enfatizou a empresa, acrescentando que “nem mesmo o vendedor terá acesso às informações de pagamento tokenizadas”.
Além disso, o usuário também terá uma senha para o uso da modalidade de pagamentos do WhatsApp. Essa senha poderá ser substituída por impressão digital ou reconhecimento facial.
Caso ocorra alguma mudança no celular, como troca de números ou chip, o processo precisará ser refeito.