Revelados os motivos que cortaram 1,5 milhões de famílias do Bolsa Família

O pagamento do Bolsa Família referente a março começou no último dia 20, mas para surpresa de 1,5 milhões de famílias o valor mínimo de R$ 600 não foi depositado. O anuncio de que o corte de beneficiados aconteceria já havia sido feito pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ainda em fevereiro desse ano. Esses grupos foram excluídos por não cumprirem mais com as regras.

Revelados os motivos que cortaram 1,5 milhões de famílias do Bolsa Família
Revelados os motivos que cortaram 1,5 milhões de famílias do Bolsa Família (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

O Bolsa Família foi oficialmente relançado pelo governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) em 2 de março. Através de uma medida provisória o presidente e sua equipe social trouxeram o principal programa de transferência de renda do país de volta ao funcionamento. Ainda que esse benefício já tenha sido pago desde janeiro, ele ainda carregava o antigo nome de Auxílio Brasil. 

Junto com o programa o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anunciou também que seria aplicado um pente-fino sobre os cadastros. O objetivo é excluir quem não cumpre mais com os requisitos de acesso ao programa, e dar lugar aos que aguardam na fila de espera do programa e cumprem com todas as exigência para ter acesso ao valor repassado.

Do total de 1,5 milhões de famílias excluídas, 400 mil são unipessoais, ou seja, compostas por uma única pessoa. Segundo o ministro do MDS, Wellington Dias, a razão para que elas tenham sido desligadas do Bolsa Família não foi o fato de serem unipessoais, mas sim não cumprirem mais com os requisitos de acesso ao programa.

Quais motivos podem cortar o Bolsa Família?

Os critérios de concessão do Bolsa Família para famílias unipessoais serão mais rígidos. De acordo com o MDS, uma única pessoa somente poderá receber o auxílio se for justificável o fato de residir sozinho, como o falecimento de algum familiar recentemente, a necessidade de sair de casa por violência, entre outros pontos.

Mas não é apenas esse grupo que corre o risco de ser desligado do programa durante o pente-fino que acontecerá durante todo o ano de 2023. Outras famílias também estarão na mira do governo, como:

  • Quem está com dados no Cadastro Único desatualizados;
  • Tem renda mensal por pessoa superior a R$ 218;
  • Gestantes que não realizam o pré-natal (acompanhamento da gravidez);
  • Crianças que não fazem acompanhamento nutricional nos postos de saúde;
  • Crianças e adolescentes com caderneta de vacinação desatualizada;
  • Crianças e adolescentes que não cumprem com a exigência de frequência escolar: 60% para crianças de 4 a 6 anos; e 65% para aquelas de 6 a 17.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]