Após a grave falência do Silicon Valley Bank (SVB), banco que era conhecido como favorito das startups e também do nicho da tecnologia, após 40 anos de funcionamento, fechou as portas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutiu se isso afetou ou pode afetar a economia nacional. Acompanhe.
O caso surpreendeu não só os próprios estadunidenses, mas também as autoridades estrangeiras, como é o caso do ministro da fazenda, Fernando Haddad, que participou de um evento realizado nesta segunda-feira, 13, e falou sobre o assunto.
Os investidores globais surpreenderam-se com a rapidez da liquidação da empresa, cujo falência foi declarada 48 horas após divulgação de crise. Boa parte dos fundos geridos pelo Silicon Valley Bank foram sacados na quinta-feira, 9.
A empresa tinha agências em diversos países ao redor do mundo, como sua sede no Estados Unidos e unidades em Canadá, China, Alemanha, entre outros grandes países que serão fechadas nos próximas semanas decorrente da declaração de falência.
Em suma, a guerra na Ucrânia pode ter sido um fator fundamental nesta falência, tendo em vista que a inflação gerada pelo conflito resultou em aumento das taxas cobradas sobre empréstimos, cujo o SVB era um dos maiores bancos do país e gerenciava empréstimos para diversas empresas do nicho de tecnologia.
O governo americano teve que acalmar a população e principalmente os investidores que temiam uma nova crise similar a que ocorreu em 2008. A falência do SVB foi a segunda maior da história do país e a primeira desde a crise instaurada em 2008.
O que disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Em evento organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico, o ministro da fazenda, Fernando Haddad, falou sobre o assunto da falência do Banco Silicon Valley Bank e disse que a crise é grave, mas que não deve ser uma crise sistêmica. Acompanhe a fala na integra.
“Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu. Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia.”