Bitcoin tem alta surpreendente após falências dos bancos nos EUA. Entenda relação

Nesta segunda, 13, o bitcoin teve seu melhor desempenho em cerca de um mês. A criptomoeda passou por seu maior salto diário em decorrência da amenização das tensões que envolvem a falência de bancos nos EUA, depois que o FED (Federal Reserve) comunicar que vai assegurar os depósitos de clientes.

O bitcoin passou por uma alta de 8,6% nas últimas 24 horas, indo para US$ 22.161, registrando seu ganho mais alto em um dia desde 15 de fevereiro. Outras criptos valiosas seguiram a tendência de alta, com Ethereum (ETH), BNB Chain (BNB) e Cardano (ADA) crescendo mais de 8%, indo respectivamente para US$ 1.588, US$ 298 e US$ 0,33.

Ao longo do fim de semana, reguladores dos EUA prometeram que irão proteger totalmente os recursos de todos os depositantes após o colapso sofrido pelo Silicon Valley Bank (SVB) na última sexta, 10, ao passo que a filial do banco no Reino Unido foi vendida hoje para o HSBC.

O FED afirmou em nota divulgada neste domingo, 12, que vai oferecer financiamento adicional para as instituições depositárias através do novo Programa de Financiamento a Prazo do Banco (BTFP), que oferecerá empréstimos com vencimento de até um ano para bancos, associações de poupança, uniões de crédito e demais que comprometem Treasuries, dívidas de agências e títulos garantidos por hipotecas e outros ativos qualificados como garantia.

“O BTFP será uma fonte adicional de liquidez contra títulos de alta qualidade, eliminando a necessidade de uma instituição de vender rapidamente esses títulos em momentos de estresse”, disse o comunicado, segundo o InfoMoney.

Este programa do FED serviu também para acalmar os ânimos depois que o Signature Bank também foi fechado por reguladores no domingo, casando à terceira baixa do setor financeiro com reflexo direto sobre as criptomoedas. O Signature e o Silvergate Bank, que já tinha comunicado o fechamento voluntário das operações, operava como uma espécie de ligação entre o mercado financeiro tradicional e as criptos nos EUA.

O SVB, por sua vez, possuía como clientes algumas empresas do setor, sendo a emissora da stablecoin USDC, a Circle, a mais importante. A empresa divulgou exposição de US$ 3,3 bilhões ao colapso do SVB, causando uma corrida por resgates da USDC que chegou a levar seu preço despencar da paridade de US$ 1 para US$ 0,81.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.