- Segunda maior falência bancárioa dos EUA preocupa
- Bidem se pronunciou e elogiou a ação
- Futuro dos funcionários ainda é incerto
Será que crise enfrentada por instituição bancária há quilômetros de distância do Brasil influenciará o mercado do Brasil? O fechamento de bancos nos EUA pegou o mundo inteiro de surpresa e acendeu um alerta quanto aos impactos.
O mercado financeiro mundial está movimentado desde o anúncio do encerramento das atividades do Signature Bank, uma consequência da falência do Silicon Valley Bank (CVB). No Brasil é possível que os impactos do fechamento dos bancos nos EUA não sejam tão negativos.
Os reguladores que encerraram as atividades das instituições bancárias afirmaram que as pessoas que possuíam dinheiro investido no Signature Bank não serão prejudicadas.
“Assim como na resolução do Silicon Valley Bank, nenhuma perda será carregada pelo contribuinte”, informaram os reguladores.
Impacto do fechamento dos bancos nos EUA sobre o Brasil
Uma fonte do governo acredita que a falência do Silicon Valley Bank (SVB) poderá acelerar o corte nos juros aqui no Brasil. Isso porque, existe um risco de que outras instituições bancárias quebrem também, o que deve fazer com que o Federal Reserve (Fed) não suba tanto a taxa de juros.
É possível, por exemplo, que o prazo da taxa Selic seja encurtado ou até acelerado, atualmente ela está em 13,75% ao ano.
Vale lembrar que o país passou a olhar com mais atenção para as empresas brasileiras após a divulgação do rombo bilionário nas Americanas, que ainda tenta acordo com seus credores.
Sobre o impacto no Brasil, o governo já está acompanhando o caso e analisa os possíveis impactos sobre nosso país.
“Aparentemente, não [vai gerar crise sistêmica]. Não vi ninguém tratar como Lehman Brothers, é grave o que aconteceu”, afirmou o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O ministro também observou a rápida ação do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, e afirmou que o BC brasileiro está em alerta para a possibilidade de intervenção.
“Isso não está claro ainda, vamos acompanhar ao longo do dia. Eu e Galípolo [secretário-executivo do Ministério da Fazenda], que também veio do sistema financeiro, estamos em sintonia fina com os bancos brasileiros. Falei com dois banqueiros hoje, e com o BC. Vamos ter mais clareza ao longo do dia”, afirmou Haddad.
Intervenção Norte-americana
Sobre a quebra dos bancos, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que pretende apurar como as instituições bancárias chegaram a essa situação e punirá os responsáveis por isso.
“Estou firmemente comprometido em responsabilizar totalmente os culpados por essa bagunça e em continuar nossos esforços para fortalecer a supervisão e a regulamentação de bancos maiores, para não ficarmos nesta posição novamente”, disse Biden.
Biden também parabenizou a rápida intervenção dos reguladores que pegaram até mesmo a gestão interna dos bancos de surpresa ao anunciar o fechamento as instituições bancárias.
“Estou satisfeito por ele [Fed, Tesouro dos EUA e FCDI] terem chegado a uma solução imediata que protege os trabalhadores norte-americanos e as pequenas empresas e mantém nosso sistema financeiro seguro. A solução também garante que o dinheiro dos contribuintes não seja colocado em risco”, declarou Biden.
Ele ainda afirmou que os contribuintes não serão responsabilizados pelos acontecimentos e garantiu que o sistema bancário norte-americano é seguro.
“O povo norte-americano e as empresas norte-americanas podem ter certeza de que seus depósitos bancários estarão disponíveis quando precisarem”, acrescentou Biden.
Ainda não se sabe ao certo quais serão as ações tomadas quanto a situação dos bancos, quanto aos 8.528 funcionários do SVB, a recomendação é de que continuem trabalhando remotamente por cerca de 45 dias, com algumas exceções e 1,5 vez seu salário normal.
Os trabalhadores também não devem ser prejudicados e terão acesso a benefícios após o total encerramento das atividades.
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