Mais uma ação da Inspeção do Trabalho registrou condições análoga à escravidão, agora em São Paulo. Casos semelhantes têm vindo a público e apontam para o sério problema de exposição de profissionais a condições subumanas.
Acaba de ser divulgado o resultado de uma nova ação da Inspeção do Trabalho que resultou no resgate de 27 trabalhadores em condições análogas à de escravo na cidade de São Paulo. A ação realizada nos dias 27 e 28 de fevereiro apontou para condições inadequadas de trabalho em um restaurante.
Infelizmente esse é mais um dos casos descobertos no Brasil nesse ano, mesmo em pleno século XXI alguns trabalhadores ainda são submetidos a essas condições.
Situação análoga à escravidão em São Paulo
No restaurante os fiscais encontraram 26 pessoas dividindo um alojamento superlotado; além deles uma trabalhadora doméstica também foi resgatada no bairro Jardim Aeroporto.
Os 26 trabalhadores, entre homens e mulheres, dividiam o mesmo espaço, mesmo sem ter parentesco. As paredes estavam sujas, úmidas e como mofo, o que poderia causar doenças.
As camas estavam próximas demais e com lençóis sujos, pois, o empregador não fornecia materiais melhores. Os pertences pessoais dos trabalhadores estavam espalhados pelo local, por não terem onde guardar.
A Auditoria-Fiscal do Trabalho interditou o local após a constatação de condições de trabalho degradantes, também aconteceu o resgate dos trabalhadores e o empregador terá que pagar todas as verbas trabalhistas devidas a eles.
Já a trabalhadora doméstica de 53 anos foi resgatada de uma casa em que trabalhava por 30 anos em condições desumanas, o pequeno quarto com banheiro tinha mofo, baratas e até risco de choque elétrico.
Os dados oficiais das ações de combate ao trabalho análogo ao de escravo no Brasil estão disponíveis no Radar do Trabalho Escravo da SIT.
Caso saiba de situações como essas, denuncie de forma anônima através do Sistema Ipê, lançado em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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