Mais uma? Trabalhadores de fornecedora de empresa de açúcar são resgatados em trabalho análogo à escravidão

Mais uma situação de trabalho análogo à escravidão acaba de ser descoberto no Brasil, dessa vez no estado de São Paulo. Número de casos denunciados tem aumentado recentemente. Entenda a situação vivida pelos trabalhadores.

Mais uma? Trabalhadores de fornecedora de empresa de açúcar são resgatados em trabalho análogo à escravidão
Mais uma? Trabalhadores de fornecedora de empresa de açúcar são resgatados em trabalho análogo à escravidão (Imagem: Montagem/FDR)

Novo caso de trabalho análogo à escravidão acaba de ser descoberto, recentemente trabalhadores foram resgatados de vinícolas no Rio Grande do Sul. Agora, a situação estava sendo vivida por mais de 30 trabalhadores na cidade de Pirangi, a 380 km de São Paulo.

Novo caso de trabalho análogo à escravidão

O novo caso aconteceu em uma fazenda que fornece cana de açúcar para o Grupo Colombo Agroindústria, produtor do açúcar Caravelas. Segundo as informações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), 32 trabalhadores foram resgatados.

Os profissionais foram levados do Triângulo Mineiro (de Francisco Badaró, Minas Novas, Turmalina e Jenipapo) para prestar serviços na propriedade. Acontece que eles tiveram que pagar R$ 320 para serem levados até o alojamento, esse transporte teria acontecido de forma irregular.

Na cidade vizinha de Palmares Paulistas os trabalhadores foram colocados em alojamentos com baixas condições de higiene.

“Muitas casas não tinham sequer um colchão, fogão nem geladeira. Além disso, havia a promessa do pagamento por produção, que não foi cumprida. Quando eles chegaram na cidade, eles verificaram que a situação não era bem aquilo que tinha sido prometido”, comentou o explicou o auditor fiscal André Wagner Dourado, coordenador da operação.

Os trabalhadores ainda contraíram dívidas em um estabelecimento local, que dificilmente poderiam pagar diante do que recebiam semanalmente.

O Ministério Público Federal afirmou que a fazenda já pagou verbas rescisórias dos contratos e; além disso, deve arcar com os R$ 40 mil que cada trabalhador receberá por danos morais individuais, além de ressarcir os gastos indevidos. Além disso, a empresa deve pagar uma multa de R$ 4 milhões por dano moral coletivo e difuso.

A Colombo deve cumprir com essas responsabilidades em conjunto com a fazenda e afirma que não compactua com situações como essa e que atua em conjunto com o MPF para solucionar a questão.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.