Governo se reúne para determinar 13º salário do Bolsa Família causando ansiedade nos beneficiários

Durante reunião na última sexta-feira, 3, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social debateu a possibilidade de viabilizar o 13º salário do Bolsa Família para o novo contingente de segurados. Contrariando as expectativas, a pasta informou que não pretende voltar a pagar o abono natalino para este grupo. 

Governo se reúne para determinar 13º salário do Bolsa Família causando ansiedade nos beneficiários
Governo se reúne para determinar 13º salário do Bolsa Família causando ansiedade nos beneficiários. (Imagem: FDR)

Na ocasião foi ressaltado que, o 13º salário do Bolsa Família nunca caracterizou uma medida aplicada a longo prazo. O abono salarial foi pago pontualmente uma única vez, em 2019, no primeiro ano de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro

De acordo com a secretária responsável pela avaliação da gestão de informações e do Cadastro Único (CadÚnico), Letícia Bartholo, não há previsão de retorno da parcela extra do 13º salário do Bolsa Família

Na oportunidade ela ainda acrescentou que o valor pago atualmente pela transferência de renda é maior do que a quantia que o ex-presidente precisou reforçar com o abono natalino em 2019

Bartholo ainda destacou que, apesar da negativa quanto ao 13º salário do Bolsa Família, o programa em si, visa oferecer uma assistência complementar à renda dos segurados em situação de vulnerabilidade social, fator pelo qual não se adequa à inserção de um abono natalino. 

Quem poderia receber o 13º salário do Bolsa Família?

Caso o 13º salário do Bolsa Família fosse implementado pelo atual governo. Seria necessário se enquadrar nas regras gerais de elegibilidade do programa para ter direito à parcela extra no final do ano. 

Apesar da recusa quanto ao 13º, o Governo Federal pagará um bônus de 150 para crianças de zero a seis anos e de R$ 50 para jovens de sete a 18 anos de idade que façam parte de famílias seguradas pelo programa. 

Se tratando especificamente dos bônus para crianças e adolescentes, o Governo Federal afirmou que será necessário cumprir as regras de boa frequência escolar e manter o cartão de vacinação sempre atualizado. 

No entanto, nada foi dito até o momento sobre as regras gerais. Ainda não se sabe se os novos segurados deverão se atentar a critérios de elegibilidade que vão além daqueles regidos pelo sistema do Cadastro Único (CadÚnico). 

Sendo assim, existe a possibilidade de as normas do Auxílio Brasil serem mantidas. Neste contexto, a elegibilidade é distribuída em dois grupos, o primeiro formado por pessoas em situação de extrema pobreza, cuja renda familiar per capita chega a R$ 105

O segundo consiste nas pessoas em situação de pobreza com renda familiar per capita entre R$ 105,01 a R$ 210.  Há três possibilidades para recebimento do Auxílio Brasil:

  • Se já tinha o Bolsa Família: Auxílio Brasil será pago automaticamente;
  • Se está no CadÚnico, mas não recebia o Bolsa Família: vai para a lista de reserva;
  • Se não está no CadÚnico, é preciso buscar um Cras para registro, sem garantia de receber.

É extremamente importante lembrar que a família deve ser composta por algum desses componentes:

  • Crianças;
  • Gestantes;
  • Mães que ainda estão em processo de amamentação;
  • Adolescentes;
  • Jovens entre 0 a 21 anos incompletos.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.