Era só o que faltava: Conta de luz deve ter esta alteração nos preços

A conta de luz está entre os maiores gastos essenciais dos brasileiros. Se já não bastasse seu valor muitas vezes elevado, os brasileiros podem ter que pagar ainda mais neste ano, de acordo com uma estimativa realizada pela Thymos Energia, consultoria especializada em energia. Confira os detalhes.

De acordo com a consultoria, a conta de luz passará por um reajuste de 5,96% em média neste ano. Porém, este reajuste é bem mais ameno se comparado com o último ano, quando o aumento na conta foi de 11,35% em média.

Este cálculo é uma média, com as companhias de energia do país aplicando reajustes mais baixos ou mais altos. Algumas distribuidoras podem aplicar um aumento de dois dígitos, por conta de situações específicas como revisões tarifárias que acontecem num período de quatro em quatro anos e restituição de medidas de desoneração usadas para conter os reajustes nos anos anteriores (2020 e 2021).

João Carlos Mello, o presidente da entidade, explicou que embora alguns fatores pressionem as tarifas, existem diversos outros que aliviam. Com esta combinação, foi possível chegar em uma média mais aceitável para o bolso dos brasileiros.

Entre os pontos que ainda pressionam as tarifas no decorrer dos últimos anos estão os pagamentos ainda em execução da chamada “Conta Covid”, uma ajuda financeira concedida para as distribuidoras para cobrir as perdas provocadas pela pandemia da Covid-19, e de custos de geração extra de eletricidade no período de escassez hídrica de 2021, que será cobrado através da Conta de Desenvolvimento Energético, um fundo setorial que financia políticas públicas com subsídios.

Mello diz ainda que, em contrapartida, as boas condições atuais hidrológicas e a queda dos índices de inflação ajudaram para frear os índices de reajuste. Outro fator que ajuda é a não  previsão de uma desvalorização cambial maior, uma vez que a energia gerada em Itaipu é cobrada em dólar, por se tratar de uma usina binacional. Fora  isso, a taxa de repasse de Itaipu para este ano passou por uma queda de 33% ante ao ano anterior por conta do fim do custo do financiamento da hidrelétrica.

Os aportes que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) irá receber da privatização da Eletrobras (R$ 5 bilhões) e os créditos tributários dados a algumas distribuidoras também ajudam a reduzir o índice deste ano. 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.