Nubank volta a chamar a atenção deste público

Após a divulgação dos resultados do quarto trimestre do Nubank e levando em consideração a evolução do cenário econômico, o Citi elevou as previsões para os resultados da fintech neste ano e também nos próximos. Porém, o preço-alvo permaneceu em US$7 com recomendação de “compra”.

“Nossas estimativas de receita mais alta para 2023 e 2024 refletem principalmente o potencial positivo de posições de liquidez consistentemente fortes e impulso contínuo em cartão de crédito, parcialmente compensados pelo crescimento mais lento de outros empréstimos ao consumidor. Também esperamos que a qualidade dos ativos se estabilize em aproximadamente dois trimestres e a alavancagem operacional continue à medida que a empresa cresce”, disse o Citi, de acordo com o Valor Investe.

Para este ano, o Citi elevou a previsão de receita total do Nubank em 11%, para US$ 6,960 bilhões, e a previsão de lucro bruto em 38%, a US$ 3,032 bilhões. Para o próximo ano, a projeção  de receita cresceu 5%, a US$ 9,539 bilhões, e de lucro em 28%, a US$ 4,701 bilhões.

O BTG também revisou as projeções para a finetch e elevou o preço-alvo da ação de US$4,50 para US$5. No entanto, foi mantida recomendação “neutra” para o papel. De acordo com os analistas, “ótimas histórias não são necessariamente ótimos investimentos” e o valuation atual, de 5 vezes a métrica preço/valor contábil, já é alta.

“Nosso problema não é necessariamente o múltiplo de valuation , mas o tamanho de seu valor de mercado, de US$ 24 bilhões. Ainda focado principalmente em pessoas de baixa renda e com número limitado de produtos, temos dificuldade em ver a possibilidade de lucro do Nubank hoje grande o suficiente para justificar um aumento decente em seu valor de mercado atual”, disseram os analisas, de acordo com o Valor Investe.

O valuation atual, de acordo com os analistas, já considera os ganhos do Nubank com seus produtos e nichos.  “Com o cenário macro do Brasil em deterioração e taxas de juros elevadas por mais tempo, não acreditamos que a relação risco/retorno seja boa o suficiente, levando-nos a manter nossa classificação ‘neutra’, disseram.

Na visão dos analistas do BTG, finalmente, os investidores do país parecem estar “se apaixonando” pelo banco digital. Mesmo que eles respondam por somente 5% da base acionária, o interesse pelo Nubank vem aumentando.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.