Novo Bolsa Família: proposta de reformulação do projeto é concluída e vai alegrar a população

Pontos-chave
  • O novo Bolsa família vai dar lugar ao Auxílio Brasil;
  • O pagamento será mantido em R$ 600, mas terá parcela bônus;
  • A volta das condicionalidades também chama atenção nesse relançamento.

Embora o nome Auxílio Brasil não tenha sido mencionado pelo governo federal, esse é o programa de transferência de renda que está valendo. Até que o novo Bolsa Família seja oficialmente relançado, funciona no país o programa criado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). A ideia é que as regras do novo Bolsa Família sejam concluídas pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) até a próxima semana.

Novo Bolsa Família: proposta de reformulação do projeto é concluída e vai alegrar a população
Novo Bolsa Família: proposta de reformulação do projeto é concluída e vai alegrar a população (Imagem: FDR)

O Bolsa Família foi criado em 2003, no primeiro mandato de Lula como presidente do país. Na época, o ato de dar ajuda financeira para famílias carentes foi vista como um dos pilares para diminuir o índice de pobreza no país. Para o governo Bolsonaro o principal programa de transferência de renda do Brasil ainda estava muito ligado ao governo petista, por isso o interesse de criar um novo sistema.

Foi assim que surgiu o Auxílio Brasil, um programa que previu deixar a marca social de Bolsonaro. Nessa transição, de 2021 para 2022, foram inclusos mais de 7 milhões de famílias, o benefício mínimo subiu de R$ 89 para R$ 400, além da modernização do pagamento com a poupança social. A ideia agora é que o novo Bolsa Família possa estar a altura da troca feita pelo governo bolsonarista.

Para isso, o governo Lula tem trabalhado na liberação de investimentos para o novo Bolsa Família desde que venceu as eleições. O valor permanente do programa passou de R$ 400 para R$ 600, e foi autorizado a adição de um bônus de R$ 150 para crianças menores de 6 anos que começará em março.

Lançamento do novo Bolsa Família

De acordo com o Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o novo Bolsa Família será lançado por meio de uma Medida Provisória (MP). Isso porque, o texto vai alterar o nome do programa que foi criado por lei, e essa mudança acontece de forma mais rápida. Assim que o presidente edita e assina a MP ela já passa a valer no país.

Ainda assim, o texto da MP deve passar pelo Congresso Nacional para que valha de forma permanente, caso contrário perde a validade. É o que deve acontecer nos próximos dias para que o programa possa ser relançado dentro das normas.

Não se trata apenas de um programa de transferência de renda, terá as condicionantes. A expectativa é que apresentemos ao presidente na próxima semana”, afirmou Dias.

Isso significa que deve chegar até o presidente Lula o primeiro texto contendo as mudanças para o novo Bolsa Família. Feito isso, o chefe da União deve aprimorar conforme enxergar necessidade, e o texto ainda vai passar pela análise de outros ministérios. Por fim, será lançado por meio da medida provisória.

Não é possível datar o evento de relançamento do programa, mas as expectativas são de que isso aconteça pelo menos até março desse ano. Para isso, também está sendo feito um pente-fino no Cadastro Único a fim de excluir quem não cumpre com as regras de acesso ao programa.

O que vai mudar no novo Bolsa Família

A ideia é que o lançamento do novo Bolsa Família seja uma marca para o governo Lula. Já que o atual presidente discursos várias vezes sobre o interesse de tirar o país do mapa da fome, e dar aos mais pobres mais dignidade. Para isso deve usar o Bolsa Família que acessa justamente pessoas nas linha da pobreza e extrema pobreza. 

Para receber esse benefício é preciso manter atualizada a inscrição no Cadastro Único, além de ter renda familiar entre R$ 105 a R$ 210 por pessoa da família. Feito isso, conforme há disponibilidade de orçamento novos grupos serão notificados para receber a quantia mensal.

Até o momento já foram informadas algumas mudanças do novo Bolsa Família. Parte delas já estão valendo pelo Auxílio Brasil, outras serão cobradas assim que o programa for relançado.

  • Pagamento mínimo passa a ser de R$ 600 por família;
  • Adicional de R$ 150 por criança menor de seis anos;
  • Volta das condicionalidades como: atualização da caderneta de vacina e frequência escolar das crianças e adolescentes;
  • Cartão de débito e criação de conta poupança.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com