Aguardando autorização do Banco Central, entenda o que é o BolePix

Os brasileiros vivem cheios de boletos para pagar não é verdade? Este meio de pagamento é utilizado especialmente por pessoas jurídicas, tanto no B2B ou B2C, uma vez que ele consegue agregar diversas informações ao pagamento e está ligado ao sistemas ERP de empresas, que fazem a conciliação automatizada do recebimento. Os pagamentos via boleto, no entanto,  não são perfeitos, especialmente por conta da demora na compensação do dinheiro. Porém, isso pode mudar em breve.

Um novo meio de pagamento, que recebeu o apelido de boletopix, deve vir para resolver este problema de demora ao incluir um QR Code PIX no boleto. A novidade está aguardando a apreciação do Banco Central.

Este novo modelo de boleto será muito bom especialmente para as empresas que poderão aproveitar a rapidez do PIX sem ter que fazer alterações em seus sistemas ERP ou ir atrás de novas soluções para fazer a gestão deste meio de pagamento.

“Independente de nós, como usuários, pagarmos com o código de barra ou QR code, a empresa vai continuar recebendo toda a informação para fazer a conciliação do recebimento no mesmo padrão de hoje”, disse Leonardo Ribeiro, superintendente de negócios da Nuclea, antiga Câmara Interbancária de Pagamentos, de acordo com portal Mobile Time.

No boleto constam dados como valor original, multa, juros, desconto, número da nota fiscal entre outras informações. Fora isso, é possível conferir a autenticidade do documento através  de bases centralizadoras, como a da Nuclea, o que evita as fraudes. O PIX, apesar de toda sua rapidez, carece de todas estas informações. O bolepix vai unir as vantagens dos dois em uma só forma de pagamento.

No caso de quem faz o pagamento, as mudanças não serão muito percebidas, mas para quem recebe sim. Para quem está pagando, a grande vantagem é que o pagamento será compensado de forma instantânea. A depender do setor, a velocidade do PIX no boleto pode ser um diferencial importante, mas isso depende da dinâmica do setor. 

Atualmente, de acordo com Leonardo Ribeiro, o boleto é muito usado por PJ no B2B e no B2C, no caso de escolas, seguros, serviços ou doações, por exemplo. Aquele que está pagando poderá também aproveitar a segurança do boleto. Por fim, ele disse que ainda não existe uma previsão para quando este modelo passa a funcionar.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.