Nubank pode passar por um verdadeiro divisor de águas

O Nubank, uma das principais fintechs do Brasil (e do mundo) está passando por um momento particular muito animador e que pode ser um grande divisor de águas para o seu futuro!

Após viver seu primeiro ano como uma companhia de capital aberto, o balanço para o Nubank foi positivo. Apesar de bastante agitação nos bastidores em 2022, o banco digital conseguiu expandir sua operação em outros países, fazendo uma mudança drástica no rendimento da conta.

Nubank pode passar por um verdadeiro divisor de águas (Imagem: FDR)

Entretanto, nem só de flores se fez o ano do Nubank. Assim, a empresa acabou se colocando em uma polêmica que, inicialmente, deveria ter ficado restrita ao mercado de capitais, mas acabou gerando dúvidas em seus clientes sob a possibilidade de falência da fintech.

Portanto, o complexo ano para a companhia roxinha terá seus dados apresentados nesta terça-feira, quando será divulgado o resultado da operação do ano e publicadas as demonstrações financeiras, assim que houver o fechamento das bolsas.

Contudo, mesmo com as complicações presentes, o ano teve um marco que merece destaque na história do banco do cartão roxo. Pela primeira vez, a companhia conseguiu registrar lucros contábeis, que foram alcançados no penúltimo trimestre de 2022.

Para os últimos três meses do ano, a projeção é de um novo prejuízo, mas que tem tudo para ser o último da história do Nubank. E isso graças ao fim de um acordo que previa o pagamento de um bônus bilionário a David Vélez, o fundador do banco.

Bônus de criador do Nubank gera discórdia

Entretanto, os próximos relatórios de demonstração financeira já devem aparecer ser a remuneração de Vélez, o que irá maximizar os lucros do banco. Em novembro de 2022, ele decidiu abrir mão do polêmico contrato, que envolvia prêmios de incentivo de longo prazo associados a metas agressivas sobre o desempenho das ações da companhia na bolsa.

Com o efeito dessa suspensão, a diretoria do Nubank estima uma economia de cerca de US$ 356 milhões aos cofres da fintech durante os próximos sete anos.

Porém, nos resultados do quarto trimestre haverá um reconhecimento único e não monetário de despesas nesse mesmo valor. Isto porque as normas contábeis exigem que a rescisão seja registrada como uma aquisição acelerada, ainda que não haja aquisição ou desembolso real.

Assim, as projeções para o lucro líquido variam desde prejuízo de US$ 335 milhões até lucro de US$ 17 milhões. Já as estimativas para o lucro líquido ajustado estão entre US$ 46 milhões e US$ 70 milhões.