Os povos indígenas das aldeias Yanomamis têm sofrido uma crise de saúde nos últimos meses. São casos de desnutrição que envolvem adultos, mas principalmente crianças e idosos. A fim de dar mais um passo de assistência para esses grupos, no dia 7 de fevereiro o governo federal anunciou ações de bancarização nessas regiões. O intuito é levar a Caixa Econômica para perto desses povos.
No dia 7 de fevereiro, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, assinou junto à presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, um protocolo inédito para os povos Yanomamis. A ideia é instalar duas agências do banco e uma Casa Lotérica para atendimento especializado aos indígenas no Amazonas e em Roraima.
A ideia é que essa população que muitas vezes fica desassistida de forma financeira por conta das dificuldades que encontram para ter acesso ao banco, sejam finalmente inclusas. O ministro Wellington inclusive chegou a dizer que o Bolsa Família deve beneficiar os grupos indígenas, além dos garimpeiros. O banco pagar desse benefício é justamente a Caixa Econômica Federal.
Dias admitiu que as aldeias necessitam de mais investimento em comunicação e redes elétricas, mas acredita que dar aos Yanomamis a oportunidade de acesso a Caixa já é um começo. “Temos a perspectiva que as populações indígenas e ribeirinhas tenham esse deslocamento da Caixa para mais próximos de onde eles estão, para garantir uma condição mais humana, mais adequada”, destacou Wellington Dias.
Como os Yanomamis terão acesso a Caixa
A ideia do governo federal é de que essa ação de bancarização dos povos Yanomamis beneficie pelo menos 10 mil famílias indígenas de sete municípios de Roraima e outras 20 mil de oito municípios amazonenses. Dessa forma, essas pessoas poderão ter acesso ao pagamento de benefícios sociais que são repassados pelo banco, como o Bolsa Família.
“A pedido do ministro Wellington, fizemos um Grupo de Trabalho para verificar como poderíamos agir para melhorar o atendimento aos povos indígenas, principalmente nas áreas de conflito nas regiões de Roraima e do Amazonas e nós conseguimos desenvolver esse trabalho”, disse Maria Rita Serrano, presidente da Caixa.