Cartão corporativo de Mourão tem gastos revelados. Confira detalhes

O cartão corporativo, usado pela presidência da República vem sendo um dos assuntos mais comentados neste início de ano. Agora, foram revelados os gastos do senador Hamilton Mourão (Republicanos), enquanto ocupava o cargo de vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro. Saiba quanto ele gastou.

Mourão, de acordo com dados revelados pela agência Fiquem Sabendo, especializada em Lei de Acesso à Informação, gastou R$3,8 milhões no cartão corporativo. Entre as despesas centrais estão gastos com alimentação e hospedagem.

Com alimentação, Mourão gastou R$ 1.614.333,26, com pagamentos de restaurantes no Brasil e no exterior. Entre elas está a conta de R$ 1.043,00 no Gambrinus, estabelecimento muito  tradicional de Lisboa, Portugal. 

Também foram registrados pagamentos de serviços de refeições de alto padrão em aviões, como o emprenho de cerca de R$ 9 mil para a empresa italiana “Villa degli Angeli Inflight Catering”, e com bebidas, com pagamento de R$ R$264.391,34 ao longo dos quatro anos de governo para o estabelecimento Super Adega.

O ex vice-presidente também gastou com peixarias, cerca de R$4 mil em apenas uma compra. Foram registrados ainda compras no mercado La Palma, um famoso estabelecimento com produtos de alto padrão onde Mourão gastou R$ 311.498,83 em quatro anos. Este mercado era um dos preferidos também de Bolsonaro, mesmo ficando a 7 quilômetros do Palácio do Planalto e mais de 8 quilômetros da Alvorada. Foram R$ 678 mil em gastos ao longo dos quatro anos.

Mourão aumentou os gastos no decorrer dos anos. De acordo com dados das notas, no primeiro ano de governo Bolsonaro o então vice gastou R$ 427.237,13. este montante subiu  para R$ 700.729,49 em 2020, seguido de R$ R$ 1.140.300,71 em 2021. No ano passado 2022, quando político se candidatou  ao Senado, foi o período em que ele mais gastou, totalizando R$ R$ 1.626.623,78.

Cartão corporativo

Este cartão é um recurso que o ocupante da presidência do Brasil pode utilizar para custear gastos com viagens, alimentação, gasolina da frota, entre outras coisas. Este benefício é um cartão com um limite altíssimo, que é pago com os impostos de todos os brasileiros. 

Por conta disso, este benefício vem gerando críticas por conta da falta de transparência, uma vez que Bolsonaro impôs o sigilo de 100 anos, que foi derrubado no começo do governo Lula.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.