Demonstrando empenho no combate a fome, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, apresentou uma nova proposta a de ampliar as cozinhas solidárias no país. Um sistema parecido já existe e funciona no país, mas passa sob o comando de governos municipais e estaduais. O objetivo é ampliar esse projeto e alcançar mais pessoas com alimentação gratuita.
Na quinta-feira (9), o ministro Wellington Dias, acompanhado do deputado federal Guilherme Boulos, visitou uma cozinha solidária no Sol Nascente, uma ocupação em Ceilândia, cidade próxima a Brasília. Atraído pelo projeto, Dias afirmou que o governo federal tem interesse de usar esse mesmo projeto para oferecer alimentação gratuita aos mais vulneráveis.
Para isso, segundo o ministro, seria preciso “trabalhar parcerias com entidades, estados e municípios“. Dessa maneira seria possível garantir que o trabalho feito por essas cozinhas alcançasse quem realmente tem necessidade. Em junho do ano passado, o 2º VIGISAN (Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia) trouxe uma alerta importante.
A pesquisa revelou que existiam 33,1 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, ou seja, passando fome. O governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) assumiu como compromisso e promessa de campanha, diminuir esse índice. Para tanto, o oferecimento de alimentação gratuita pode ser importante.
Como funcionam as cozinhas solidárias para alimentação gratuita
Hoje, as cozinhas solidárias funcionam de forma independente do governo federal e são bancadas por doações solicitadas pelo MTST. Para que o programa seja ampliado e consiga oferecer alimentação gratuita em maior proporção, a ideia é apresentar esse projeto em Congresso Nacional com caráter de urgência.
O deputado Guilherme Boulos será o responsável por criar e apresentar o projeto, que será “apadrinhado” pelo governo federal. Dessa forma, seria possível solicitar mais recursos capaz de bancar o oferecimento dos alimentos em maior proporção e sem depender de doações que muitas vezes são incertas.
“A proposta que vamos construir é de que esse projeto, que o MTST faz, não dependa apenas de doação, como é hoje. Com vaquinha na internet a gente compra comida e paga cozinheiras. Mas, para fazer isso para mais gente, tem que ser política pública. A ideia é que a cozinha solidária se torne uma política pública do governo“, afirmou Boulos.
O MTST mantém 31 cozinhas solidárias nesses moldes em todo o país. Somente na Ceilândia, em Brasília, para que 150 refeições por dia sejam distribuídas é preciso um financiamento de R$ 10 mil por mês. Há gastos como: compra dos alimentos, gás de cozinha, pagamento das cozinheiras, e mulheres da comunidade que recebem um salário mínimo.
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