- O governo Lula tem anunciado uma série de mudanças para o Bolsa Família;
- A ideia é permitir novas formas de recebimento do benefício;
- Povos indígenas devem ser beneficiados, facilitando o acesso ao Bolsa Família.
Na última terça-feira (7) foi anunciado pela Caixa Econômica Federal um novo cartão de débito para o Bolsa Família. O cartão do Auxílio Brasil que foi criado na gestão de Jair Bolsonaro (PL), já contava com a instalação de um chip o que permitiu que fossem feitas compras na função débito. No entanto, o governo passado não conseguiu substituir todos os cartões com a tecnologia avançada.
Algumas mudanças que ocorreram na transição do Bolsa Família para o Auxílio Brasil, de 2021 para 2022, foram benéficas para os beneficiados. Como o uso do Caixa Tem que facilitou a movimentação do dinheiro de forma online, podendo fazer compras online com cartão virtual, PIX, transferências e pagamento de boletos. Mas o atual governo quer inovar ainda mais nesse sentido.
Tudo porque, algumas famílias brasileiras ainda preferem receber o benefício em mãos. Por isso, acabam enfrentando grandes filas em frente as agências da Caixa Econômica ou casas lotéricas para receber a quantia. Tudo porque, precisam apresentar um documento oficial com foto, junto com o cartão ou sem ele, para que assim recebam o dinheiro.
Com o cartão do Bolsa Família na função débito, esse grupo poderia receber a quantia do seu benefícios nos caixas eletrônicos caso haja o interesse por ter a quantia em mãos. Outra opção é fazer as compras de maneira presencial, passando o cartão no débito, o que vai descontar a quantia da conta.
Todos vão receber o cartão de débito do Bolsa Família?
Maria Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica, lembrou que até setembro do último ano beneficiados do Auxílio Brasil receberam o cartão na função débito. Mas não foi possível incluir 100% dos inscritos, o objetivo agora é que todas as famílias que recebem o Bolsa possam ser contempladas com essa tecnologia.
“Será aberta uma poupança, vamos incentivar a poupança e a inclusão financeira“, disse Serrano durante a cerimônia de lançamento. Além desse público, também devem receber o novo documento os pescadores com direito ao seguro-defeso, e para indígenas.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, lembrou que alguns indígenas precisam sair das suas aldeias em busca de uma agência bancária para receber todos os meses. Algumas vezes esperando por longas horas até serem beneficiados.
“O cartão, além de ser para saque, passa a ser de débito, pagamento, isso facilita a condição. (…) Muitas vezes, os indígenas onde vão levam a família inteira e ficam dias esperando o pagamento. Agora teremos a antecipação dos recursos para pagar naquele dia toda a demanda nas unidades“, afirmou Dias.
Conta poupança para o Bolsa Família
Além do cartão de débito, a ideia é transformar o pagamento do Bolsa Família em conta poupança. Isso é, mudar a modalidade da conta para que sejam oferecidos mais benefícios. O que foi chamado por Maria Rita Serrano de “inclusão financeira” das famílias de baixa renda.
Hoje, a conta do Caixa Tem já é uma poupança social digital e incluí a liberação de pagamentos para outros benefícios, inclusive trabalhistas. Por lá são feitos diversos serviços bancários e de forma totalmente gratuita. A ideia é incentivar que mais pessoas usem desse sistema para receber a ajuda financeira mensalmente.
Novidades para o Bolsa Família em 2023
O governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) parece estar empenhado em trazer uma série de novidades para o Bolsa Família nesse ano. O ministro do Desenvolvimento Social já informou que vai depender de uma medida provisória ou outro projeto para que haja a mudança de nome do programa social.
Até que isso aconteça, vale o Auxílio Brasil, e as mudanças já anunciadas incluem:
- Aumento do valor da parcela para no mínimo R$ 600 por família;
- Fim das liberações do empréstimo consignado;
- Pente-fino nas inscrições do Cadastro Único a fim de excluir famílias irregulares (foco nas famílias unipessoais);
- Adicional de R$ 150 por criança de até seis anos;
- Volta das condicionalidades, como: frequência escolar das crianças e atualização da caderneta de vacinação;
- Liberação de cartão com função de débito.