Na última semana foi vinculado na mídia a notícia de que dois dos principais influenciadores de finanças do Brasil, Nathalia Arcuri, do Me Poupe, e Thiago Nigro , o Primo Rico, estariam passando por dificuldades financeiras onde chegaram a anunciar diversas demissões.
Mas como nomes tão poderosos que falam diretamente sobre como ganhar dinheiro, estariam perdendo, uma vez que ao invés de contratem mais seguindo a prosperidade que os mesmos propagam, estariam demitindo?
O analista macroeconômico Vagner Mayer deu sua visão sobre o caso e utilizou exatamente a macroeconomia para explicar. Segundo Vagner, não podemos analisar os influenciadores em si como pessoas físicas, mas sim, entendê-los como pessoas jurídicas.
Assim, a partir do momento em que se abre um cenário empregatício, deixa-se de fazer apenas uma contabilidade, passando a monetizar como empresas e marcas. No cenário econômico atual, percebe-se um fluxo de baixo crescimento e demissões em massa no mundo todo portanto, é comum que empresas passem por ajustes no portfólio de contratações, ajustes de finanças, revisão de caixa e tudo com base na inflação atual e cenário pessimista de possível recessão global.
Dessa forma, o que ocorreu com Nathalia Arcuri e Thiago Nigro, na verdade, não é algo incomum se pensarmos no âmbito empresarial e como marcas de grande sucesso, assim como temos vistos Amazon, Facebook, Twitter, Apple e muitas outras grandes empresas se reajustando no cenário atual.
O cenário mundial de baixo crescimento econômico, alto índice de inflação e principalmente um país onde a tributação é muito mal distribuída, são cenários perfeitos para um rebranding empresarial e revisões das folhas de pagamento.
“Claro que muito foi falado com relação ao que ocorreu pelo fato dos haters terem um grande trunfo nas mãos, mas é leviano fazer análise pensando em duas pessoas apenas, sem avaliar o fator que os coloca onde estão e que transcenderam simples canais de YouTube, para grandes marcas que contribuem com o cenário empregatício do país”, aponta Mayer.