Retorno do Minha Casa Minha Vida tem data marcada pelo governo Lula e novas regras

Pontos-chave
  • Governo Federal marca data de retorno do Minha Casa Minha Vida;
  • Apesar da manutenção do nome, programa habitacional voltará em novo formato;
  • Governo pretende lançar apartamentos no MCMV para famílias reduzidas.

Nada satisfeito com a substituição do Minha Casa Minha Vida (MCMV), o governo Lula prometeu reviver o programa durante a campanha eleitoral que o colocou em seu terceiro mandato presidencial. Empenhado em cumprir essa promessa, Luiz Inácio Lula da Silva já tem data marcada para o programa voltar à ativa. 

Retorno do Minha Casa Minha Vida tem data marcada pelo governo Lula e novas regras
Retorno do Minha Casa Minha Vida tem data marcada pelo governo Lula e novas regras. (Imagem: FDR)

Dia 14 de fevereiro, essa é a data anunciada pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, no último final de semana. De acordo com o político, a extinção do atual Casa Verde e Amarela (CVA) para dar lugar ao Minha Casa Minha Vida é certa. 

A alteração ocorrerá por meio de uma Medida Provisória (MP) que passará a valer logo após a publicação. Vale destacar que é só o nome Minha Casa Minha Vida que voltará aos dias de glória, pois o programa habitacional passará por uma remodelação completa.

“Eu não conheço ainda qual vai ser o desenho. Mas ele e o Rui Costa vão dar uma ênfase em famílias de renda mais baixa”, explicou o governador.

Minha Casa Minha Vida ganhará novos modelos de habitação

O Governo Federal planeja alterar as regras do Minha Casa Minha Vida com o objetivo de viabilizar novos tipos de habitação. Logo, já foram apresentados três modelos de moradia, cada uma delas modificada de acordo com o perfil e demanda das cidades.

Desde o princípio, o programa previa um conjunto mínimo de regras para o imóvel oferecido aos beneficiários, como ter o mínimo de dois quartos. Portanto, a equipe do presidente pretende oferecer uma gama ampla de padrões visando adaptar o empreendimento à área a ser atendida.

Uma das ideias é que haja apartamentos menores para famílias monoparentais ou de até duas pessoas. Lula deseja que os apartamentos também tenham varanda, característica que pode ser analisada de acordo com o perfil dos beneficiários. 

Outra variável deverá ser o aquecimento de água solar na casa. Integrantes do governo acreditam que essa não é uma necessidade para regiões do Nordeste, por exemplo, e os recursos nesses casos poderiam ser usados para outra benfeitoria na habitação.

A nova versão do programa deve ser apresentada até o dia 15 de fevereiro. Integrantes do Ministério das Cidades e da Casa Civil afirmam que os modelos dos empreendimentos só devem ser finalizados após a aprovação das bases do novo programa habitacional.

MINHA CASA, MINHA VIDA VAI VOLTAR! VEJA O NOVO VALOR E AS REGRAS DE FINANCIAMENTO

Verba do Minha Casa Minha Vida 2023

A atual versão do programa habitacional atende somente famílias que conseguem contratar um financiamento, contando com recursos e subsídios provenientes do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Diferente de Lula, Bolsonaro não liberou nenhuma residência construída com recursos do Orçamento da União

Dados do relatório da transição apontam que mais de um milhão de pessoas foram despejadas ou ameaçadas de despejo durante a pandemia. O documento estima o déficit habitacional do país em 5,9 milhões de domicílios.

Diante desse diagnóstico, a determinação agora é redirecionar o programa para famílias mais pobres, segmento no qual se concentra o déficit habitacional, com foco nas famílias que contam com renda inferior a R$ 2.400 e não têm condições de tomar um financiamento.

Principais problemas do Minha Casa Minha Vida

Falta de casas

Faixa de renda 1 do Minha Casa Minha Vida

Déficit habitacional

YouTube video player
Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Sair da versão mobile