Hoje é dia da Super Quarta, data em que o mercado fica por dentro das decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil. Os olhares também estão voltados para as eleições de presidentes do Senado e da Câmara em Brasília.
A nova taxa de juros dos Estados Unidos será revelada hoje às 16h. Os investidores se empolgaram com a possibilidade do aperto monetário perder força nos EUA após a divulgação de um relatório de emprego confirmar que a tendência é de uma economia desaquecida por lá.
Mesmo que pareça estranho dizer que a falta de vagas de emprego é uma coisa boa, no atual cenário vivido por lá isto é uma realidade. Na última leitura, a taxa de emprego no país caiu, com a abertura de 223 mil postos de trabalho em dezembro do ano passado, quantidade abaixo do que registrado no mês anterior. Mesmo que o número tenha vindo acima do esperado pelo mercado, que projetava 200 mil vagas, a desaceleração já é um ótimo sinal.
A falta de vagas de emprego é um bom sinal pois quando o mercado está aquecido, isto significa que existe uma demanda por mão de obra nas empresas. Sendo assim, como as empresas estão querendo atrair a atenção de trabalhadores, elas tentem a subir o salário nominal. Isto resulta em mais inflação, justamente o que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tenta conter.
Para a reunião desta quarta nos Estados Unidos, é esperada uma alta de 0,25 ponto percentual. A taxa básica de juros está entre 4,25% e 4,5% atualmente. Diante desta possível alta de 0,25 ponto percentual, ela vai ficar entre 4,5% e 4,75%.
Cenário nacional
No Brasil, será anunciado, também hoje às 18h30, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a Taxa Selic, taxa básica de juros no país. A Selic está atualmente em 13,75% ao ano. De acordo com Valor Pro, que consultou 106 instituições financeiras, o patamar da Selic não deve ser alterado.
O Banco Central do Brasil não vem dando indícios de que os juros podem ser reduzidos no curto prazo. No entanto, mesmo com isso a alta de preços vem mostrando que está desacelerando no país, podendo contribuir para reverter esta projeção.
Por fim, a eleição na Câmara e no Senado do país também concentram as atenções hoje. Os deputados e senadores elegem hoje os ocupantes da Mesa das Casas para os próximos dois anos.