Situação recente de uma das maiores empresas de varejo do país coloca em risco não só a economia brasileira, mas também centenas de empregos. Sindicados se reuniram para pedir intervenção do Governo na garantia dos trabalhos.
Sindicatos trabalhistas se uniram para pedir que o Governo Federal intervenha na situação das Americanas e garanta o trabalho dos funcionários. O rombo de R$ 20 bilhões anunciado em 11 de janeiro desse ano já afetou os brasileiros que tinham, por exemplo, ações da empresa.
Para piorar, uma semana depois a empresa anunciou que possui uma dívida de mais de R$41 bilhões com quase 8 mil credores; esse cenário coloca em risco o emprego dos funcionários.
Intervenção do Governo Federal nas Americanas
Em são Paulo o ministro do trabalho, Luiz Marinho, se reuniu com o centrais sindicais para debater a intervenção do Governo na situação das Americanas. O que os sindicatos desejam é a preservação do emprego dos funcionários e a punição dos envolvidos.
“Precisamos preservar os empregos e garantir os direitos desses trabalhadores e trabalhadoras. São milhares de pais e mães de famílias apreensivos pela situação do Grupo Americanas. O Sindicato já está nas lojas em contato com os funcionários. Também estamos com nosso departamento jurídico em ação para receber denúncias e tirar dúvidas que possam surgir. Caso seja constatada a fraude, é preciso punir os principais acionistas, porém garantindo a continuidade da empresa e dos empregos”, alerta Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Após o encontro, o ministro afirmou que a situação das Americanas preocupa o Governo Federal, por isso respondeu ao chamado dos sindicatos e foi à São Paulo para a reunião.
“Estou atendendo a um chamado para conversar com as centrais sindicais. Uma empresa como a Americanas, presente em todo território nacional, preocupa estar nessa situação. É evidente que o assunto é complexo. Vim mais ouvir para pensar no que fazer”, afirmou Marinho.
O objetivo da reunião foi pedir uma espécie de “socorro” para o ministro, de modo que o Governo Federal, a Americanas e os representantes dos trabalhadores possam sentar para tentar um acordo.
“Querem que eu chame a empresa e faremos isso. Vamos ver se a gente consegue auxiliar os trabalhadores. Buscar um caminho para proteger os profissionais.
Se fechar a empresa, imagine o impacto que terá em toda a cadeia produtiva”, concluiu o ministro.
Centrais sindicais e Americanas
Veja abaixo alguns trechos da nota emitida pelas centrais sindicais:
“A atividade econômica, as empresas e os empregos tem que ser preservados independente das responsabilidades dos executivos, controladores e acionistas relevantes do Grupo Americanas, que ainda estão sendo apuradas.
Se os indícios de fraude forem provados, os culpados devem ser punidos, mas a empresa e os empregos precisam ser preservados.
Por esses motivos, as centrais solicitaram ao Ministro do Trabalho e Emprego que o Governo participe diretamente do processo com o objetivo de estabelecer diálogo tripartite e total transparência neste que é um dos maiores processos de recuperação empresarial do país”.
Um ato nacional está marcado para a próxima sexta-feira, às 10h na Cinelândia no Rio de Janeiro (RJ).
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