Não são atuais as preocupações sobre o funcionamento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Uma série de questões rondam a Previdência Social desde o governo de Jair Bolsonaro (PL). Completando um mês desde que Luís Inácio Lula da Silva (PT) assumiu pela terceira vez como presidente da República, ainda não indicou um nome para ser presidente do INSS.
Sem um nome para ocupar o cargo de presidente do INSS, tem se responsabilizado pelo cargo de forma temporária, Larissa Andrade Mora. Acontece que essa indecisão pode ser fortemente prejudicial para os mais de 37 milhões de aposentados e pensionistas da Previdência Social. Já que decisões importantes acabam não sendo tomadas.
No último governo o que se viu foi uma extensa fila de espera para ter acesso a uma resposta sobre o pedido de benefícios previdenciários, ultrapassando 5 milhão de requerimentos. Além do aumento no tempo de espera pela liberação do benefício, o que nesse caso passava de 45 dias.
A crise na Previdência foi lembrada por Lula em seu discurso de posse. “Estejam certos de que vamos acabar, mais uma vez, com a vergonhosa fila do INSS, outra injustiça restabelecida nestes tempos de destruição“, prometeu. Mas por hora, nem mesmo o nome para se tornar o presidente do INSS foi apresentado.
Como não ter um presidente do INSS pode ser ruim?
O novo presidente do INSS tem uma série de questões que precisa resolver, como: a fila de espera para acesso aos benefícios, o prazo para ser atendido, o funcionamento das plataformas de atendimento, as solicitações dos funcionários da Previdência, necessidade de um concurso público, e outros.
Na prática, o presidente do INSS será uma pessoa que vai “brigar” pelos direitos dos aposentados e pensionistas e representa-los no governo Lula. Sem um nome a ser apresentado, o cargo não fica apenas vazio, mas todo o funcionamento do Instituto acaba sendo fortemente afetado.
“Tem uma série de questões em aberto que a gente só vai conseguir encaminhar quando houver a indicação definitiva de quem vai ser o presidente do INSS“, afirma Cristiano Machado, dirigente da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência), ao UOL.
De acordo com a Fenasps existe um déficit de pelo menos 23 mil servidores do INSS, ou seja, falta gente para atender e suprir toda a demanda. Além de voltar a trazer o funcionamento presencial integral das agências.