Novo título do Tesouro Direto já está disponível. Quando vale a pena comprá-lo?

O ano de 2023 terá novidades para quem deseja investir no Tesouro Direto. Começou a valer nesta segunda-feira (30), o Tesouro RendA+, título público que é voltado à poupança para a aposentadoria e poderá ser comprado pelos investidores.

Novo título do Tesouro Direto já está disponível. Quando vale a pena comprá-lo? (Imagem: FDR)

Parecido com o Tesouro IPCA+, o Tesouro RendA+ conta com papéis que garantem ao investidor uma taxa de juros mais a variação da inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Atualmente os juros oferecidos nos papéis Tesouro IPCA+ já negociados na plataforma estão acima de 6% ao ano.

Assim, com o novo título, o investidor terá a possibilidade de se planejar para a data de aposentadoria, garantindo o recebimento de uma renda mensal pelo período de 20 anos seguintes. Vale destacar que existem possibilidades de investimento para até 40 anos de acumulação, sempre seguidos por mais 20 anos de fluxo de renda mensal.

Quais as diferenças entre os tipos de títulos do Tesouro?

A diferença do Tesouro Renda+ para o Tesouro IPCA+ reside no tipo de recebimento ao fim da aplicação. Enquanto no IPCA+, o investidor recebe a aplicação inteira de volta na data do vencimento, no Renda+, o investidor receberá os valores mensalmente.

Vale destacar que o título também prevê a correção dos pagamentos – e do valor dos títulos – pela inflação acumulada. Dessa forma, o investidor terá o seu poder de compra salvaguardado.

A ideia é que o RendA+ seja vendido ou resgatado a preços de mercado. Dessa forma, o ativo possuirá período de carência de 60 dias, que passam a ser contados da data da liquidação da compra e não receberá nenhum tratamento tributário diferenciado.

O novo produto terá, por regra, a mesma tributação existente para os demais títulos públicos do Tesouro Direto, seguindo a tabela regressiva do Imposto de Renda, com alíquotas entre 22,5% e 15%.

O novo título do Tesouro Direto oferece a possibilidade de isenção da taxa de custódia, que é cobrada pela Bolsa de Valores, que vem operacionalizando o sistema de negociação de títulos do governo.

Portanto, a taxa de custódia será zerada para quem carregar o RendA+ até a data de vencimento. O título ainda impõe o limite de até seis salários mínimos de renda mensal nos 20 anos em que for feito o resgate.

Já o investidor que realizar o resgate antecipado dos papéis, terá de pagar a taxa. Se a venda ocorrer em um período inferior a dez anos, o custo será de 0,50% ao ano sobre o valor resgatado. Entre dez e 20 anos, a taxa cobrada será de 0,20% ao ano. E acima de 20 anos, totalizará 0,10% ao ano.

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