Roubos de criptomoedas são cada vez mais comuns e valores surpreendem

2022 foi o ano em que foi registrado o número mais alto de roubo de criptomoedas na história. De acordo com um levantamento da empresa de comparações Comparitech, no último ano foi roubado um montante de R$3,55 bilhões, quantia 30% superior a registrada em 2021. 

Segundo o levantamento da empresa, no decorrer da história, já foram roubadas cerca de US$8,8 bilhões em criptomoedas. Mas, caso esse valor for corrigido para a cotação atual dos ativos, o montante sobe para incríveis US$46,4 bilhões.

Como acontecem os roubos 

É comum se perguntar como este tipo de roubo é possível, pois todas as transações realizadas com bitcoin, ether ou qualquer outro tipo de criptomoeda são feitas na blockchain. Esse serviço on-line opera como uma espécie de “livro de caixa” criptografado, no qual todas as transações são registradas lá de maneira permanente.

Para que isso aconteça, são usados validadores de rede, que são computadores programados por pessoas para verificar novas transações que chegam e registrá-las no sistema. Cada ponto onde essa validação é feita é chamado de “nó” da rede.

Para fazer a validação destas informações é necessário que aquele computador validador resolva um algoritmo matemático, conhecido no jargão cripto como “hash criptográfico”.

Esse procedimento  de validação é conhecido como “mineração”. Este processo não é gratuito. Conseguindo solucionar o algoritmo matemático e validar aquela transação, o computador ganha uma “recompensa” em criptomoedas. Isto é o que faz tantos programadores se dedicarem na criação de máquinas “mineradoras”.

Mesmo que este processo seja seguro, ele não está 100% livre de falhas. No final do ano passado, uma falha foi descoberta por um hacker conhecido como “Riptide” em uma plataforma da rede Ethereum. O hacker compartilhou um documento que explicava o problema, que poderia comprometer um montante de US$ 475 milhões. Dando uma “recompensa” para ele mesmo, o hacker furtou 400 criptomoedas ether, o que equivale a um montante de US$ 540 mil.

O maior roubo da história das criptomoedas foi na rede de blockchain Ronin, utilizada especialmente como base para as transações do jogo virtual Axie Infinity. Foram desviados US$ 620 milhões em criptomoedas.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.