Recuperação Judicial: Até hoje, apenas esta empresa listada na bolsa brasileira conseguiu lucrar

Vivendo uma grande crise, a Americanas (AMER3) entrou com pedido de recuperação judicial, no Rio de Janeiro, como último recurso para se salvar após bancos derrubarem a proteção contra a execução de dívidas.

Recuperação Judicial: Até hoje, apenas esta empresa listada na bolsa brasileira conseguiu lucrar (Imagem: FDR)

A empresa varejista precisou tomar esta atitude após não conseguir um acordo com os seus credores devido a discordâncias sobre o capital mínimo exigido. Os maiores acionistas das Americanas queriam um aporte de R$ 6 bilhões, enquanto as instituições financeiras apontavam para um patamar mínimo de R$ 15 bi para evitar a recuperação judicial.

Vale lembrar que os processos de recuperações judiciais são considerados lentos com pouca chance de promoverem um ganho real para os acionistas das empresas envolvidas nesse trâmite.

Entre alguns exemplos de empresas conhecidas que passaram pelo processo de recuperação judicial e tinham suas ações negociadas na Bolsa de Valores, estão a Oi (OIBR3), PDG Realty (PDGR3), OGX e MMX. Além disso, outro caso que pode ser citado é o da Rodovias do Tietê, onde muitos investidores de debêntures acabaram tendo prejuízos.

A recuperação judicial fora da curva

A única exceção no tocante a recuperações judiciais no Brasil foi a empresa de telhas e sistemas construtivos a Eternit (ETER3). Assim, desde que o processo foi solicitado em 2018, a companhia apresentou valorização e aumento de preço nos seus papéis da Bolsa de Valores.

Inclusive, o crescimento da corporação foi tão notório nos últimos anos que a Eternit vem mostrando resultados bastante consistentes e conseguiu voltar a pagar dividendos aos seus acionistas.

Entenda o caso da Americanas

A derrocada da Americanas começou no início de janeiro, quando inconsistências contábeis encontradas em um balanço da empresa varejistas apontaram um rombo de mais de R$ 20 bilhões nos cofres da corporação.

No entanto, os problemas não pararam por aí. Com uma análise mais detalhada do que foi apresentado no relatório foi percebido que o buraco era maior do que o imaginado inicialmente. Assim, com um déficit de R$ 40 bilhões em suas contas, a empresa viu o valor das suas ações no mercado financeiro derreterem e os credores se amontoarem às portas da empresa.

Assim, para não fechar as portas, a diretoria das Americanas solicitou, na última quinta-feira, o processo de recuperação judicial para congelar os débitos por até seis meses, período que os acionistas majoritário terão para reestruturar a companhia.