Programa criado durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso apresenta alto índice de inadimplência, com centenas de estudantes devendo aos cofres públicos. Ainda assim, Lula pretende ampliar o Fies e falou sobre o calote no programa.
Durante a gestão federal do PT, de Lula e Dilma, o FIES beneficiou centenas de estudantes, mas, também acarretou em um alto número de inadimplentes. Agora, em seu terceiro mandato, o presidente Lula afirmou desejar ampliar o financiamento de cursos superiores.
Durante um encontro com cem reitores de universidades federais na última semana o presidente avaliou o programa. Também estiveram presente os seguintes ministros: Camilo Santana (Educação); Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macedo (Secretaria-geral da Presidência),) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação).
Calote no Fies
O Fies firmou, até 2017, 2,6 milhões de contratos, desses, mais de 2 milhões estão em situação de inadimplência. Isso resulta em um montante de R$87,2 bilhões de reais que os cofres públicos deixam de arrecadar.
Para Lula, se o país tolera a dívida do rico, precisa entender que o estudante acabou de se formar e nem sequer teve condições de pagar o financiamento.
“Mas, de a gente tem tanta tolerância com os ricos que devem nesse país, porque a gente não tem a compreensão que um jovem que se formou pode pagar sua dívida? O Brasil tem mais de 2 trilhões de reais de dívidas que as pessoas não pagam, pessoas que não pagam imposto de renda”, afirmou Lula.
Para o presidente essa inadimplência está associada à falta de emprego.
“Não adianta me dizer que o Fies estava custando R$ 5 bilhões, que já tinha dívida de R$ 5 bilhões, não tem problema...Ah, mas [o estudante] vai dar o cano, não vai pagar? É muito pouco a gente achar que não vai pagar, ele não teve nem chance de provar se vai pagar, ele não arrumou emprego”, afirmou o presidente.
Vale lembrar que o estudante conclui a sua graduação com uma dívida com o governo federal referente as mensalidades.
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